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Genial, politicamente incorreto, único e alemão (Hamburgo, 10 de setembro de 1933), o diretor criativo da Chanel, Karl Lagerfeld, é responsável por muitas peças inesquecíveis, mas também por uma espécie de lenda misteriosa que insiste em não desvendar – sendo essa uma das suas imagens de marca, juntamente com o ‘eterno’ rabo de cavalo, os óculos escuros, o colarinho severo e o par de luvas.
Aos 85 anos, Lagerfeld é o cérebro e a força do renascimento da histórica Chanel, casa que foi aconselhado a evitar. “Não toques na Chanel, é passado, nunca vai regressar”, contou um dia ao jornal The New York Times, para evidenciar que os desafios impossíveis são a sua gasolina mais poderosa.
Filho de um rico empresário sueco, e depois de se licenciar em Desenho e História em Paris (onde continua a viver), entrou muito cedo para o mundo da moda. E ainda não saiu de lá: numa envolvente que já fez desaparecer tantos génios prematuramente anunciados, Lagerfeld – que também tem uma marca própria – continua a ser uma referência de grande longevidade.
Mesmo que essa longevidade seja uma incógnita: Lagerfeld assegura que nasceu em 1938 e não em 1933 – ou então em nenhuma dessas datas, mas em 1935. Para o caso, também não interessa nada.