17 janeiro 19
Têxteis lar

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JF Almeida revoltada com aumento do preço da água

A JF Almeida (JFA) está revoltada com o aumento de 4,3% ao preço da água decidido pela Tratave-Tratamento de Águas Residuais do Ave, que contrasta com uma inflação de 1% e afecta a competitividade da têxtil lar de Moreira de Cónegos.

“É inadmissível que o nosso esforço permanente de redução de custos, para nos mantermos competitivos, esteja a ser sabotado desta maneira”, declara Joaquim Almeida, fundador e CEO da têxtil lar, que fechou 2018 com um volume de negócios  a rondar os 60 milhões, um grande crescimento relativamente aos 43 milhões faturados em 2017.

A JFA, que no ano passado investiu um milhão de euros a ir buscar água ao rio Vizela, não consegue compreender porque é que a Tratave lhe cobra perto de 70 cêntimos por metro cúbico de água, mais do dobro dos 30 cts/m3 que a empresa gasta a tratar a água que capta.

Para tentar resolver este problema, a JFA está a preparar um dossier solicitando autorização para ter uma ETAR. “Espero que nos deixem montar a nossa ETAR e não continuem a estragar o nosso trabalho”, afirma Joaquim Almeida, líder de um grupo que emprega 640 pessoas. 

A fatura anual da têxtil lar com água eleva-se a cerca de 800 mil euros. Pelas contas da JFA, o investimento na ETAR seria rapidamente pago, pois esperam reduzir estes custos pelo menos a metade.

Para o biénio 19/20, a JF Almeida vai investir 10 milhões de euros, tendo como principal objetivo o reforço da sua competitividade através da redução de custos. “Não levamos a bem que este nosso esforço para poupar esteja a ser prejudicado por gente que pelo visto não está interessada em que haja indústria em Portugal”, conclui Joaquim Almeida.

   

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