5 fevereiro 19
ISPO

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Isto é reciclado? É a pergunta nº 1 dos clientes da Lemar

Isto é reciclado? Esta é a pergunta feita por 80% dos clientes que param no stand da Lemar na ISPO. Ao que Alfredo Araújo responde que sim senhor, que esta malha aqui é feita com fibras obtidas pela espanhola Seequal a partir de plástico recolhido no Mediterrâneo – e aquela ali é feita em parceria com os italianos da Newlife que reciclam garrafas de plástico.

“Há que aproveitar a onda. Trouxemos muito produto reciclado mas também outro normal, como o Breeze, que dá a sensação fresca no verão e quente e no inverno – e ainda evita o cheiro a suor”, explica Alfredo Araújo que não resiste a fazer humor com a atual febre pelos reciclados: “Qualquer dia já não há matéria prima para reciclar”.

Durante muitos anos a Lemar veio à ISPO, mas sempre como visitante. Este ano, decidiu à última hora estrear-se como expositor, com o objetivo confesso de aumentar a sua presença no mercado alemão.

“A Alemanha era um mercado muito bom para nós, mas depois caiu abruptamente. Estamos a ver se recuperamos a posição perdida. Temos contactos com duas marcas muito boas de alta gama, Vamos a ver como correm as coisas”, conta o gestor da Lemar.

O otimismo moderado de Alfredo Araújo, um veterano da indústria têxtil, contrasta com otimismo mais exuberante do jovem Mário Brito, da não menos jovem Smart Inovation, que está pela segunda vez na mais importante feira de desporto do mundo, que fecha amanhã as portas na Messe Munchen.

“O nosso maior cliente de peúgas – os italianos da Intersocks – foi aqui que o arranjamos no ano passado.Temos aqui muitos clientes portugueses a quem fornecemos produtos antibacterianos e repelente de mosquitos, como a Fitexar, LMA, Lipaco, FLM, Sancar, Sidónios, Fiorima ou a Sidónios. É preciso ser visto para ser lembrado. A ISPO é uma feira muito importante. Vamos fazê-la sempre”, garante Mário Brito.

“Só se é conhecido se sairmos de casa. É muito importante estar presente na ISPO”, concorda Nuno Félix, comercial da Sancar.  “Temos sido muito felizes aqui na ISPO neste stand com 30 metros quadrados”, afirma Paulo Rodrigues, administrador da Fiorima, que trouxe a Munique produtos patenteados, como a meia polaina (gaiter socks).

O forte nevão que no domingo se abateu ininterruptamente sobre Munique prejudicou a afluência de visitantes. Ontem, o dia acordou muito frio (zero graus foi a temperatura máxima) mas sorridente, com o céu azul.

“Vê-se menos gente nos corredores da feira, mas  fizemos o triplo dos contactos. Estamos bastante satisfeitos pois os contactos que fizemos no ano passado foram muito consequentes” resume Francisco Pinheiro, do departamento comercial da Oldtrading.

“As feiras como a ISPO são um motor de desenvolvimento continuo que nos obriga pensar e a trabalhar com prazos para apresentarmos novidades. São o local ideal para falarmos com parceiros, que no dia a dia são difíceis de encontrar, com os clientes – e para arranjar novos clientes”, diz Miguel Pacheco, CEO da Heliotextil, que está em Munique com dois stands, o da empresa e o da Identity FC, uma nova área de negócios em que o próprio stand – um cubo que ao abrir-se se transforma em loja – é um produto em exposição para venda.     

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