12 outubro 20
Comércio

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Importação de máscaras ultrapassa os 14 mil milhões na UE

Apesar da aposta dos fabricantes europeus – e nomeadamente portugueses –  boa parte das máscaras usadas pelos europeus continua a chegar-lhes por via da importação. No primeiro semestre a UE importou mais de 14 mil milhões de euros em máscaras e 92% daquele valor seguiu para a China. Ou seja, nove em cada dez máscaras compradas pela União são de origem chinesa, segundo revelam dados do Eurostat, a agência europeia de estatísticas.

Recorde-se que os produtores europeus – e nomeadamente aqueles pelos quais responde a ATP – tem feito chegar aos seus governos pedidos para que a Comissão pondere a possibilidade de legislar uma espécie de discriminação positiva da produção europeia face à proveniente de outras regiões.

Dizem as entidades europeias que a opção pela compra do que é Made in EU é não só uma forma de promover a defesa dos postos de trabalho do poderosa indústria têxtil e do vestuário europeia, como também, de forma mais estruturante, como uma necessidade evidente se a reindustrialização for uma estratégia para ser levada a sério no espaço comum dos 27.

Antes da Covid-19, a China já era o principal fornecedor de máscaras à União Europeia, com 62%, mas a assinalável capacidade de adaptação da produção do país asiático fez as vendas ao exterior dispararem. Na lista de fornecedores de máscaras à Europa surgem, necessariamente a grande distância, o Vietname (1,9%), Hong Kong (1,2%), Turquia e Tunísia (ambas com 0,7%).

Existem grandes diferenças entre os países da União em termos de importações per capita. Neste quadro, o Luxemburgo tem-se destacado, com um gasto per capita (no semestre) de 121 euros. Bélgica, Alemanha e França estão acima da barreira dos 50 euros; do outro lado, Chipre, Polónia, Suécia, Croácia, Grécia e Bulgária ficam abaixo dos dez euros.

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