04 Julho 2019
Homenagem

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4 de Julho: Dia do Profissional Têxtil

Foi há um ano, no Fórum da Indústria Têxtil, que a ATP oficializou o dia 4 de julho como o “Dia do Profissional Têxtil”, com o objectivo de homenagear aqueles que todos os dias dão vida à ITV. “Homenagear o insubstituível papel que o factor humano teve, tem e terá, na moldagem do sector e na construção do seu destino”, como disse então o presidente da ATP, Paulo Melo.

“Que o dia 4 de julho de cada ano, com orgulho e consequência, nos lembre a razão porque estamos aqui, de onde viemos e o caminho que faltará sempre percorrer. Para almejarmos sempre mais e sermos sobretudo melhores”, vincou Paulo Melo no discurso que então dirigiu aos participantes.

E num tempo em que o sector se debate com falta e trabalhadores qualificados, a questão de saber como atrair hoje e manter na ITV jovens trabalhadores esteve no centro do debate na última assembleia-geral da Euratex, a Confederação Europeia de Têxtil e de Vestuário. E a primeira conclusão é que é preciso tornar o sector mais sexy e atractivo para os jovens.

A falta de mão de obra mostra que o sector está a crescer e a indústria têxtil na Europa e o o recém-eleito presidente da Euratex, o italiano Alberto Paccanelli, vaticina que “vai ter que contratar contratar mais de 600 mil trabalhadores até 2030”. Não só com as necessidades de substituição da mão de obra actual – 36% dos 1,7 milhões de trabalhadores da indústria têm mais de 50 anos – mas sobretudo como forma de responder à falta de trabalhadores qualificados.

É, por isso, preciso olhar sobretudo para as novas tecnologias e qualificações. “85% dos postos de trabalho que irão existir em 2030 ainda não foram inventados”, advertiu a diretora geral de competências na Direção-Geral da Comissão Europeia para o Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão, Manuela Geleng.

Para Lutz Walter, diretor de inovação e competências da Euratex, isso implica a modernização dos programas de ensino e das próprias escolas profissionais, com métodos e ferramentas que os tornem atractivos para os jovens. “Orientados para a indústria e com práticas de desenvolvimento de carreira dentro das empresas, incluindo estágios”, disse Walter.

E deu como exemplo aquilo que a que hoje se assiste com a profissão de designer. “Há muita formação e não é muito difícil de contratar um designer, mas a ligação do design a aspectos mais técnicos, como as matérias-primas, a modelação e a produção, é essencial. A falta de especialistas nestas áreas é um sério impedimento ao crescimento da competitividade na indústria”, explicou o diretor de inovação e competências da Euratex.

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