23 março 17
Indústria

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Grupo Ricon está mais flexível

Aumentar a flexibilidade, para melhorar a rapidez e qualidade de serviço prestado aos clientes, é o catecismo estratégico do grupo Ricon, que após um período de diversificação para outras áreas recentrou a sua atividade e foco no negócio têxtil.

A Ricon investiu numa linha de produção exclusivamente dedicada ao fabrico de protótipos, onde trabalham 15 pessoas. “Os clientes querem os protótipos de um dia para o outro e nós não podíamos estar sempre a parar as linhas de produção”, explica Pedro Silva, 44 anos, CEO do grupo, acrescentando que já passaram à história os tempos em que os industriais achavam que os clientes é que se tinham de se adaptar ao seu ritmo. 

Com o apoio do CITEVE, a Ricon equipou-se com um laboratório completo, onde, entre outras coisas, avalia as matérias primas, faz testes de lavagem e cores, e  mede a elasticidade e resistência das peças. Tudo com o objetivo de melhorar a qualidade do produto e serviço oferecido aos clientes. 

“O desafio é estar permanentemente a melhorar a nossa eficiência, produzindo mais e melhor com menos custos. Apostamos muito no departamento criativo que está sempre a apresentar novidades aos clientes. E fabricamos produtos cada vez mais complexos, para subir na cadeia de valor. Já há muito tempo que evoluímos de fabricantes especializados para especialistas em moda”, afirma Pedro Silva.

Com o centro de gravidade em Ribeirão, o grupo Ricon emprega 782 pessoas e tem um volume de negócios na ordem dos 50 milhões de euros, dividido em partes iguais entre a indústria e a distribuição – a rede de 20 lojas Gant, que está madura, sendo alvo apenas de pequenos retoques, como a próxima inauguração de uma nova loja no Mar Shopping ou a renovação das do Colombo e NorteShopping.

Na indústria, toda a produção é exportada, sendo que as quatro fábricas do grupo –  Ricon Industrial (blazers), Fielcon (camisas), Delos (calças) e Delcon (outwear) – trabalham em regime de private label para marcas como o Gant (o principal cliente, que absorve cerca de metade da produção total), Hackett, Henry Cotton, Zadig & Voltaire, entre outras.

Após alguns anos no vermelho, o grupo Ricon voltou a registar resultados positivos, depois de desinvestir nas áreas não core e focar os esforços no negócio  têxtil e na redução e reestruturação do passivo.

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