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Três governantes de uma só vez. Os secretários da Estado da Saúde, António Sales, da Economia, João Neves, e da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, estiveram na Elastoni Confecções para conhecer a sua inovadora mascara transparente. Desenvolvida com o apoio do CITEVE, permite fácil leitura labial e responde a uma necessidade específica da população com dificuldade auditiva, intérpretes de língua gestual e terapeutas da fala, tendo os governantes destacado o carácter singular deste desenvolvimento.
Já a produzir e a exportar outros modelos de máscaras sociais, a Elastoni Confecções, através da marca Be Angel, foi desafiada pelo próprio CITEVE para criar uma máscara social transparente que permitisse a leitura labial, respondendo assim a uma necessidade direta da comunidade com dificuldades auditivas e seus interlocutores, que só em Portugal abrange cerca de dois milhões de cidadãos.
Agora, que a inovadora máscara está em fase de produção, os três governantes deslocaram-se à empresa de Joane, em Famalicão, para tomar contato com o seu processo criativo e principais caraterísticas. À visita associaram-se o vereador da Economia, Empreendedorismo e Inovação da Câmara de Famalicão, Augusto Lima, e o presidente da Federação Nacional de Surdos. “A Elastoni é um bom exemplo de inovação e empreendedorismo que vinga no nosso concelho, bem como da visão estratégia dos nossos empresários e da dedicação dos profissionais das nossas empresas”, destacou Augusto Lima.
“Os nossos contactos no exterior, nomeadamente em França e na Bélgica, já nos fizeram muitas perguntas sobre as novas máscaras transparentes o que foi um primeiro sinal de grande aceitação”, disse ao T o administrador da Elastoni, Nuno Oliveira, quando foi conhecida a inovação, adiantando que a principal característica decorre do facto de “usar ao mesmo tempo malha e plástico em confecção, o que não é fácil”.
Criada há 35 anos, a Elastoni é formada por duas empresas: a própria Elastoni (produção) e a Angel Incentive (comercial e desenvolvimento), que em conjunto respondem por um volume de negócios da ordem dos três milhões de euros – na quase totalidade por via da exportação. Com 35 trabalhadores, o grupo – que labora sob a marca Be Angel – tem conseguido manter a produção de forma estável nesta fase de emergência sanitária e não teve necessidade de recorrer ao lay-off.
