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Afinal, não vai haver um imposto específico sobre a venda da chamada ‘fast fashion’ no mercado britânico: o plano do Comité de Sustentabilidade da Câmara dos Comuns incluía uma série de medidas para combater o impacto ambiental da indústria da moda, mas o governo acabou por o arquivar.
As propostas do Comité incluíam o pagamento de um centavo por peça vendida para financiar uma melhor recolha e gestão dos resíduos têxteis e previa arrecadar cerca de 40 milhões de euros por ano, e apesar de se encontrarem arquivadas de momento, é possível que as medidas venham a ser ‘ressuscitadas’ no futuro.
O governo afirmou que as propostas podem vir a ser reconsideradas a partir de 2025. Por enquanto, o executivo apenas incentivará a indústria a participar do Plano de Ação para Roupa Sustentável (voluntário), com o qual pretende convencer a indústria, de forma não coersiva, a apostar na sustentabilidade da produção.
O Comité produziu um relatório em fevereiro, chamado Fixing Fashion, que observou que os consumidores britânicos compram quase o dobro de roupas que os alemães ou italianos e salientou que a indústria da moda contribui com mais emissões poluentes que a aviação ou a logística, e é intensivo no uso da água e na produção de poluição química.
O estudo concluiu que fast fashion é “exploradora” e insustentável, e propôs medidas como a taxa agora descartada e a implementação de alterações fiscais que compensassem empresas que usem produtos reutilizáveis e com menor impacto ambiental.