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O presidente do Fórum de Competividade, Pedro Ferraz da Costa, apelou aos empresários têxteis para que não se inibam de apresentar as suas queixas em voz alta, fazendo chegar ao governo as suas criticas a uma política que não serve os interesses do país nem das empresas.
“Os governantes reagem consoante os sinais que recebem”, advertiu Ferraz da Costa, durante o XIX Fórum da Industria Têxtil, que decorreu ontem no Auditório do CITEVE em Famalicão.
Traçando um paralelo entre as empresas e o país, o presidente da Fórum da Competitividade classificou como cauteloso o objectivo estratégico de crescer em média 3%: “Para diminuírem o seu passivo, é imperioso que as empresas cresçam acima do que pagam pela divida”.
“Não é aceitável e até é vergonhoso o país crescer abaixo dos 3%. Estamos a aproximar-nos do nível do PIB de 2007. Temos de andar mais depressa”, afirmou, acrescentando que estamos prestes a ser ultrapassados pela Polónia e Malásia no PIB per capita em paridade de poder de compra.
Ferraz da Costa criticou a instabilidade fiscal (“Desde a reforma de Miguel Cadilhe que todos os anos são alterados pelo menos 120 artigos dos códigos do IVA, IRS ou IRC”) e defendeu a necessidade de reformas que potenciem o crescimento do país, combatam a burocracia, a rigidez da legislação laboral e o peso excessivo dos impostos.