6 março 18
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Fateba ganha novos mercados e descarta intermediários

Ganhar novos mercados e atenuar a dependência de intermediários são duas das armas da Fateba na luta para se manter competitiva sem entrar numa letal guerra de preços.

“Se entrássemos numa guerra de preços, dentro de quatro a cinco anos a Fateba fecharia as portas. Não teríamos a mínima hipótese. Não temos preços para as grandes superfícies. Temos de nos diferenciar pela qualidade”, afirma António Leite, diretor comercial da empresa, que fechou 2017 com um volume de negócios superior a 4,5 milhões de euros.

Diversificar a geografia das exportações (80% Europa e 10% EUA) é uma das preocupações de António Leite, que está de olho em novos mercados (Polónia, Grécia, Bósnia, Argentina, Chile …) e empenhado em aumentar as margens através da eliminação de intermediários.

“Queremos evitar armazenistas e grossistas e chegar cada vez mais a quem vende ao consumidor final”, explica o gestor, ressalvando o facto de haver mercados, como os escandinavos, em que é obrigatório trabalhar com um agente.

A Holanda é o principal mercado externo da Fateba, seguindo da Alemanha e da França.

“Uma cadeia holandesa de supermercados é nossa cliente há 40 anos. Já mudaram duas ou três vezes de dono mas mantém-se fiel ao fornecedor português de têxteis de mesa”, refere António Leite.

Mas a Espanha está a crescer, a reboque das encomendas de dois gigantes (Zara Home e El Corte Inglés), que convivem na carteira de clientes da Fateba com a Sur La Table, o Marmaxx Group ou a Williams-Sonoma. 

“A Zara Home comprava muito na India, mas nos últimos dois anos tem estacionado por aqui. O que se compreende pois a diferença de preço, que já não é assim tão grande, é amplamente compensada pelas vantagens da proximidade”, conclui o gestor da Fateba.

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