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A Farfetch fechou o segundo trimestre do ano com prejuízos de 89,6 milhões de dólares, mais 409% que em igual período do ano anterior, altura em que o resultado negativo foi de 17,6 milhões de dólares. Já no primeiro trimestre, o grupo responsável pela plataforma tecnológica global de venda de moda de luxo tinha apresentado prejuízos da ordem dos 109 milhões de dólares.
O EBITDA ajustado é também, no segundo trimestre, negativo em 37,6 milhões de dólares. Neste segundo trimestre, as receitas tiveram um melhor comportamento: atingiram os 209 milhões de dólares, que comparam com os 146 milhões atingidos no segundo trimestre do ano passado, mais 43%. As ações da empresa, cotadas em Nova Iorque, chegaram a sofrer, já depois do fecho do mercado, uma queda de quase 40% – tendo depois conseguido recuperar, mas ainda não para os valores anteriores ao anúncio dos resultados trimestrais (18,25 dólares por ação).
José Neves, fundador, CEO e co-presidente do grupo, disse, citado por comunicado oficial, que “a Farfetch continuou a apresentar crescimento. A indústria validou ainda mais o nosso modelo global no último ano, já que vimos grandes grupos de luxo aumentarem a sua oferta direta na nossa plataforma”.
A Farfetch reportou ainda a aquisição do New Guards Group, o que permite à empresa posicionar-se “de forma única para capacitar criadores, curadores e consumidores e ajudar a preservar” os valores do grupo. O New Guards Group, com sede em Milão, tem um importante portefólio e uma plataforma de marcas de moda de luxo com “um histórico comprovado de identificação com os novos criativos emergentes mais relevantes e de fornecer recursos e experiência para desenvolver marcas lucrativas”, refere o grupo no comunicado.