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A entrada da Farfetch na bolsa de valores está cada vez mais próxima. O “unicórnio” português do comércio electrónico de moda de luxo anunciou ter entregue, esta segunda-feira, a documentação necessária para a Oferta Pública Inicial (IPO) na bolsa de Nova Iorque.
Por enquanto ainda não é especificada nenhuma data, nem mesmo o valor e o número de acções que serão colocadas no mercado. A única informação adiantada pela empresa fundada por José Neves, e atualmente sediada em Londres, é que escolheu a praça de Nova Iorque para dar entrada no mercado bolsista e que já foram entregues os respetivos documentos junto da Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC), a entidade reguladora do mercado norte-americano.
A notícia, que está a correr a imprensa internacional, levanta algumas expectativas no mercado bolsista. O diário económico Financial Times aponta para um encaixe mínimo de 100 milhões de dólares, valor que pode ascender à casa dos milhares de milhão.
Está assim dado um passo que já tinha sido previsto pelo fundador da empresa que, numa entrevista ao Público em 2016, tinha afirmado “Queremos entrar em bolsa nos próximos anos. É a melhor forma de a empresa continuar independente e dona do seu próprio destino.”
Fundada em 2007, a empresa tem trilhado um percurso de sucesso pautado pela inovação e pela expansão internacional, que lhe permite ser hoje em dia, uma das líderes mundiais no comércio online de moda de luxo.
Recentemente, a Farfetch destacou-se pela aquisição da tecnológica CuriosityChina , com a qual abriu as portas ao mercado asiático, e também pela inauguração de novas instalações no Avepark de Guimarães, que lhe permitiu multiplicar a sua capacidade de produção e processamento.
Em 2017, a empresa registou receitas no valor de 338 milhões de euros, o que representou uma subida de 60% em relação ao ano anterior.