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A Farfetch, grupo de venda online de produtos de luxo fundada por José Neves, registou no final do primeiro trimestre do ano um aumento das receitas de cerca de 90%, para 331 milhões de dólares, com a administração liderada por José Neves a referir que tem “caixa e equivalentes a caixa de 422 milhões de dólares”, depois da emissão de 400 milhões de dívida convertível.
Assim, e apesar do registo de prejuízos de 79,1 milhões de dólares, que “permaneceram relativamente inalterados” em relação ao mesmo período do ano anterior (77,7 milhões), “os resultados demonstram a força do modelo de plataforma na indústria do luxo e revelam ganhos contínuos de participação de mercado”.
Especificamente, o grupo refere a melhoria do EBITDA ajustado, que passou de 30,2 milhões de euros negativos para 22,3 milhões, ainda negativos, no final do trimestre. Mas a Farfetch “continua no caminho da rentabilidade do EBITDA ajustado – previsto para todo o ano de 2021”, refere o comunicado.
José Neves, fundador, CEO e co-presidente da Farfetch, disse, citado pelo comunicado, que “quando fundei a Farfetch há 12 anos, nunca imaginei que a plataforma global para a indústria do luxo fosse posta à prova numa crise tão devastadora”.
Por seu turno, Elliot Jordan, CFO da Farfetch, disse estar “muito satisfeito com nossos resultados financeiros no primeiro trimestre de 2020, que destacam a força do nosso modelo de negócios. O crescimento das receitas ao longo do trimestre e a alavancagem da base de custos significam que superamos significativamente o EBITDA ajustado, continuando o nosso caminho para o lucro”.