17 Novembro 2017
Negócios

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Farfetch aponta baterias para a Ásia

“Todos os anos batemos um novo recorde”. É assim o pontapé de saída da entrevista de José Neves, CEO da Farfetch, à revista Forbes de Novembro, onde fala sobre a possibilidade da empresa que fundou começar a ser cotada em bolsa, dos mercados em crescimento e das vantagens da ligação com a JD.com – um grupo chinês de comércio online que investiu 356 milhões de euros na Farfetch, em Junho passado.

Num texto assinado por Isabel Cristina Costa – ex-jornalista do T -, José Neves revela que a China é já o segundo principal mercado da única empresa unicórnio portuguesa, com 12% das vendas (o primeiro são os EUA, com cerca de 30%). O CEO refere que a entrada da JD.com “permite-nos fazer a prospecção, targetting e fidelização dos clientes de uma forma eficiente”, num mercado que embora esteja em franco crescimento e tenha um enorme potencial (com uma população de 1,4 mil milhões de pessoas), tem uma baixa penetração nos negócios de luxo.

Para além da China, também o Japão, a Rússia e a Coreia são mercados em expansão. Fora do universo asiático, José Neves destaca o Brasil: “Também estamos a crescer no Brasil, por incrível que pareça. Tivemos a sorte de ser os únicos a olhar para aquele mercado, de onde fugiu toda a gente, e como dizem os ingleses, “the last man standing wins””.

Já relativamente à entrada na bolsa, o fundador da Farfetch não desvenda detalhes: “Não sabemos quando, nem sabemos em que mercado iremos cotar”, diz. Adianta ainda que não há prazos para pôr a operação em curso nem um banco a desenha-la, e que qualquer praça pode receber a empresa, uma vez que são “completamente globais”.

A Farfetch conta fechar o ano corrente superando os 1,2 mil milhões de dólares em vendas (cerca de mil milhões de euros), sendo que o ano passado fez 800 milhões (cerca de 760 milhões de euros). A entrevista na íntegra pode ser lida aqui.

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