4 julho 18
XX Fórum Têxtil

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Exportações crescem 2,5% mas 2018 é o ano da consolidação

Apesar das exportações do setor continuarem a crescer, com um aumento de 2,5% registado no final do 1.º quadrimestre face a idêntico período de 2017, Paulo Melo considera 2018 como “um ano de consolidação em relação aos últimos oito anos de crescimento sustentado”.

“O ambiente de negócios está hoje diferente, mais difícil, mais complicado do que há um ano atrás”, afirmou o presidente da ATP na sua intervenção sobre o Estado do Setor na 20.ª edição do Fórum Têxtil que decorre esta tarde no Auditório do CITEVE em Famalicão.

“O mundo está diferente de há um ano. Está muito mais instável e incerto”, afirmou Paulo Melo que pediu ao ministro da Economia para convencer os seus colegas de Executivo de que “o caminho que o Governo está a seguir em algumas matérias está errado e que, mais cedo do que tarde, vamos acabar por pagar amargamente as opções tomadas”.

“O que é bom para as empresas é bom para o país, o que prejudica as empresas prejudica o país, pagando este todas as medidas, ou ausência delas, que se tomam e atentam contra a competitividade”.

O presidente da ATP referia-se concretamente a três questões que considera cruciais para a competitividade da indústria transformadora nacional: os custos de trabalho, da energia e do capital.

“Para algumas empresas, o custo da energia já é o mais relevante, até porque, desde o início do ano, tem apresentado consecutivos aumentos, quase 30%, criando um maior diferencial face aos nossos concorrentes europeus –  a Alemanha tem um preço em média 40% menor do que em Portugal –  o que dificulta ainda mais a nossa competitividade internacional”, afirmou Paulo Melo.

“Queremos ter uma indústria têxtil e de vestuário moderna e dinâmica nos anos vindouros, pelo que, além da inovação e do design que lhe conferem valor e diferenciação, é fundamental que ela permaneça competitiva, de modo a ser concorrencial à escala global, capaz de atrair e fixar emprego cada vez mais bem remunerado, que só será possível com um quadro jurídico-laboral mais flexível e com os custos dos factores produtivos que sejam acomodáveis, seja no trabalho – não confundir com salários -, na energia e no capital. Disto não prescindiremos enquanto formos indústria e quisermos que ela permaneça em Portugal”,  garantiu o presidente da ATP numa intervenção que pode ler na íntegra clicando aqui

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