13 Maio 2019
1º Trimestre

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Europa arrefece o ritmo das exportações

O primeiro trimestre de 2019 apresenta ligeira quebra de -0,9% nas exportações de têxteis e vestuário, quando comparado com igual período do ano passado. O efeito de arrefecimento vem sobretudo do espaço comunitário, sendo os destinos fora da Europa os que registam maior crescimento.

Segundo os dados divulgados pela ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal tratados a partir das estatísticas do INE, a categoria mais penalizada foi o vestuário (-2%), com as exportações de vestuário de malha a caírem -1,8% e as de vestuário de tecido -2,3%.

Destaque positivo para as exportações de matérias-primas têxteis e de têxteis lar, que cresceram, respetivamente, 1% e 0,4%. As exportações de pastas, feltros e artigos de cordoaria aumentaram, em termos homólogos, 7 milhões de euros neste trimestre, equivalendo a um crescimento relativo de 10,7%. As exportações de tecidos de malha cresceram 8,2%, correspondendo a um acréscimo de 3 milhões de euros no trimestre.

A nota subscrita pelo presidente da ATP, Paulo Melo, sublinha que os destinos não comunitários animaram as exportações, tendo registado um aumento de 9%. “Destaque para os EUA, para onde exportámos mais 11 milhões de euros, com uma taxa de crescimento de cerca de 15%, seguindo-se o Canadá, com um crescimento de cerca de 37% (acréscimo de 4 milhões de euros) no 1.º trimestre de 2019”, refere o comunicado.

A Itália foi o segundo destino a registar maior crescimento absoluto – mais 4,2 milhões de euros exportados face ao 1.º trimestre de 2018 (ou seja, +5,4%) – mas os exportações para destinos comunitários estiveram em queda (-2,8%), lideradas pela Espanha (-2,7%, ou seja, menos 11 milhões de euros), Alemanha (-6,5%, equivalente a -8,2 milhões de euros) e França (-3,9%, ou seja, -4,6 milhões de euros).

A balança comercial dos têxteis e vestuário para o período em análise registou um saldo de 241 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 122%.

Exportacoes_Tabela

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