30 Outubro 18
Indústria

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Está a indústria do vestuário a regressar ao Ocidente?

Vivem-se tempos de mudança e incerteza mas parece sobrar a certeza de que a corrida para a Ásia e pela mão-de-obra barata são estratégias do passado. O futuro, diz a consultora Mackinsey, é marcado pelas novas exigências do público, que prometem alterar as prioridades da indústria e trazer as fábricas e confecções de regresso ao ocidente.

É com base na resposta de 188 gestores e empresários da indústria têxtil e vestuário que a maior consultora empresarial do mundo lança a questão: “Está a indústria do vestuário de volta a casa?” E a conclusão é a de que estamos na vertigem de uma nova era, que será definida por três tendências fundamentais: a sustentabilidade, a automação e a subcontratação em mercados mais próximos.

Olhando para traz, os consultores da Mackinsey vêm que há duas décadas as marcas de vestuário procuravam diminuir os custos de produção, mas hoje uma resposta rápida e actual pode compensar um custo marginal acrescido.

A necessidade de repor os stocks cada vez mais rápido e de lançar colecções com maior frequência, as principais marcas internacionais procuram produção e design em mercados mais próximos, quer a nível geográfico como cultural. Poupam dias de transporte e ganham uma grande margem de flexibilidade.

Numa primeira fase, aponta o estudo, esta tendência privilegia as fábricas locais, mas acima de tudo alguns países vizinhos. O México em relação ao mercado dos Estados Unidos, e a Turquia e Marrocos em relação à Europa.

Para o aumento do custo de mão-de-obra, inerente a esta mudança geográfica, a resposta estará na automação, como forma de aumentar os níveis de eficiência e evitar aumentos nos preços.

O estudo da McKinsey, que pode ser lido na íntegra aqui, não termina sem deixar um aviso: o futuro é agora e as medidas eram para ontem.

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