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Hamed Thani, o xeque do Qatar que controla 10% do El Corte Inglès solicitou à administração a contratação de dois bancos de investimento que possam analisar a possibilidade de abertura em Bolsa do capital do grupo.
Segundo o jornal El Confidencial, o pedido de Hamad bin Jassim bin Jaber al Thani surge na sequência de um financiamento de 1.000 milhões de euros que fez à quatro anos, cujo contrato especifica que o empresário qatar poderia, a partir do quinto ano, reivindicar a recuperação dos seus créditos por meio de um IPO da empresa.
O quinto ano cumpre-se em 2020, e Al Thani terá entregue agora a carta através da qual pede que dois bancos de investimento sejam contratados para analisar a situação interna do El Corte Inglés, concluir sobre a sua avaliação e aferir da possibilidade da abertura do capital ao público.
A iniciativa do sheik surge alguns meses após a nomeação de Marta Álvarez – que, com a sua irmã Cristina, controla 14% da capital – para a presidência, o que pode indicar que o ambiente entre as duas partes não completamente pacífico.
O Corte Inglés encerrou seu último ano fiscal (a 28 de fevereiro de 2019) com lucros de 258,2 milhões de euros, 27,7% mais que no ano anterior, e receita de 15,783 milhões de euros (mais 1,1%), ao mesmo tempo que tem em marcha o plano de venda de ativos imobiliários para baixar a dívida líquida.