09 Outubro 2018
Provadores

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E se de repente tivermos de pagar para ir ao provador?

Acontece cada vez mais: os consumidores vão às lojas, provam o vestuário da sua preferência e regressam a casa para comprar online. Com isto as lojas físicas perdem negócio, mas mantêm os custos da operação, um movimento até já tem nome: showrooming.

A resposta não se fez esperar: alguns estabelecimentos decidiram passar a cobrar um pequeno valor aos clientes que querem usar aquele pequeno metro quadrado rodeado de espelhos. Em alguns casos o pequeno valor até pode nem ser assim tão pequeno: 30 a 50 euros, se o showrooming for especialmente danoso.

Em algumas regiões de Espanha – país onde o comércio online tem sido alvo de grandes investimentos, nomeadamente por parte do setor têxtil e vestuário e do calçado – são mesmo as autoridades do Estado a propor que essa espécie de taxa de utilização passe a ser uma norma. Isso mesmo foi avançado pela região de Castela e Leão em plena sessão do Conselho Sectorial do Comercio, presidido pelo próprio Ministério espanhol da Industria, Comércio e Turismo.

Para já, as reações são negativas. O cluster da Galiza, concentrado na Cointega – onde pontificam mais de uma centena de empresas que operam em todos os elos da cadeia de valor – foi dos primeiros a insurgir-se contra a iniciativa. Mas, se a moda pega, por certo irá disseminar-se rapidamente: afinal, é sempre o consumidor a pagar as modas.

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