07 fevereiro 20
Estratégia

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Duplicar volume de exportações é nova meta da Temasa

A têxtil Temasa – Têxtil do Marco, SA, agora gerida por Andreas Falley – que acaba de comprar a empresa à Sonae – quer duplicar as exportações, que no médio prazo devem passar a responder por cerca de 50% da faturação. As vendas ao exterior correspondiam até agora a entre 20% e 25% do volume de negócios.

“Vamos trabalhar os mercados naturais de exportação para a fama de produtos que fabricamos”, ou seja, preferencialmente os países europeus, onde aliás a têxtil já se encontra. Espanha, Itália e Reino Unidos são os pontos principais da ‘geografia externa’ da empresa. Com a sua anterior gestão, a Temasa chegou a ponderar  abrir uma outra frente de interesses nos Estados Unidos e no Canadá, mas Andreas Falley não irá por aí: “não me parece que seja um grande mercado para a confeção, ao contrário do que acontece por exemplo nos têxteis-lar”.

A estratégia de negócio também vai ser realinhada, disse Andreas Falley ao T Jornal, no sentido de apostar cada vez mais nos produtos com valor-acrescentado – o que possibilitará o crescimento das margens do negócio – em detrimento do volume. Roupa de bebé e criança “mas também roupa de adulto, que deverá pesar cerca de 20% do total da produção”, são as apostas.

O novo acionista (único) da Temasa espera assim que a empresa entre rapidamente na recuperação dos seus indicadores, depois de ter fechado o ano de 2019 com um acentuado arrefecimento do seu volume de negócios.

“A Temasa fechou 2019 com uma faturação muito próxima dos seis milhões de euros”, depois de no ano anterior ter ultrapassado os sete milhões. Mas o crescimento do volume não é a maior preocupação do gestor: “queremos apostar na margem”, referiu.

De qualquer modo, a empresa não vai ‘cortar com o passado’: “a Sonae continua a precisar de produção industrial nacional, pelo que vai manter o vínculo à sociedade que vendeu, desta vez na ótica do cliente – até porque o knowhow está na Temasa, responsável, para além de vários produtos da Zippy e da MO, pelas fardas escolares do Colégio Efanor (da Sonae) e pelo vestuário de trabalho dos empregados das lojas Worten, Bagga, MO e Zippy.

Em termos da escala da mão-de-obra – a Temasa emprega 82 pessoas – Andreas Falley considera que está ajustada às necessidades da empresa. O empresário está também ligado à Ribera, empresa especializada no fabrico de rendas e bordados.

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