14 maio 19
Grupo francês Kering

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Dona da Gucci aceita pagar 1.250 milhões ao fisco italiano

Não é só em Espanha e não é apenas com o mundo do futebol que o fisco anda a insistir no controlo dos contribuintes mais esquecidos: em Itália, a fiscalidade acaba de obter um acordo de pagamento de 1.250 milhões de euros com a Luxury Goods International (LGI), o conglomerado de luxo, dono de marcas como a Gucci ou a Balenciaga.

A LGI havia sido acusada pelas autoridades italianas de evasão fiscal e a Kering, grupo francês dono da LGI (subsidiária para o mercado italiano), acabou por chegar a acordo com o fisco transalpino para a regularização da sua situação fiscal. Inicialmente, a subsidiária do grupo francês optou por negar ser sua intenção escapar dos impostos – primeiro passo para retirar qualquer acusação de dolo – mas acabou por avançar para um acordo bilateral – tal como vem sendo prática corrente com os que são apanhados na cada vez mais estreita malha da fiscalidade.

Em comunicado oficial, a Kering explicou que, como resultado deste acordo, acrescentará à demonstração de resultados um item adicional de pagamentos de impostos de 600 milhões de euros. O valor do contrato envolve o pagamento de 897 milhões – mas, com taxas adicionais, multas e juros, o valor final é de 1.250 milhões de euros.

O caso começou em 2017, quando a polícia italiana entrou nos escritórios da Gucci em Milão e Florença, com mandados de busca que lhes permitiram o acesso aos computadores da empresa. As acusações de evasão fiscal concentraram-se nesta empresa, que as autoridades italianas acusaram de ter lesado o Estado em mais de mil milhões de euros entre 2011 e 2017.

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