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A digitalização ao serviço da sustentabilidade, da transparência e da economia circular é o grande desafio da ITV nacional. A conclusão é de Ana Ribeiro, executive director do Cluster Têxtil, em jeito de balanço do webinar “Tecer o Futuro: Desmaterializando” que decorreu esta quarta-feira.
“Deixou de ser emergente para ser urgente”, defende Ana Ribeiro a propósito da nova conjuntura social provocada pela pandemia e que obrigou as empresas a acelerarem os processos digitais. A diretora executiva do Cluster Têxtil diz, no entanto, que “a digitalização já era uma estratégia competitiva do sector”, lembrando que está neste momento a decorrer o projeto STVGoDigital “submetido há mais de um ano”.
Abordada durante o webinar por Manuel Serrão, diretor-geral da Associação Selectiva Moda, a necessidade de “nos continuarmos a preocupar com a economia circular e a sustentabilidade” é outros dos pontos chave do futuro da ITV na opinião de Ana Ribeiro. “Este é um fator que nos distingue, a par da inovação e da tecnologia. São áreas onde temos a cadeia de valor concentrada em Portugal e temos de saber aproveitar este ecossistema extraordinário”, defende.
“A digitalização pode e deve estar ao serviço da sustentabilidade”, diz Ana Ribeiro, explicando que é urgente “desenvolver tecnologias que promovam a transparência e estreitem os laços entre quem produz e quem compra”.
“Foco, mantendo o caminho do valor acrescentado, produção sustentável e responsável, tecnologia e inovação, captação de novos talentos e trabalho colectivo, minimizando os risco e capitalizando os benefícios” são, no entender da responsável do Cluster Têxtil as principais conclusões a retirar do encontro digital que analisou o impacto da transição digital na ITV.
O webinar “Tecer o Futuro: Desmaterializando” desta quarta-feira contou com a participação de João Correia Neves, secretário de Estado Adjunto e da Economia, de Luís Castro Henriques, presidente do AICEP, Manuel Gonçalves, administrador do Grupo TMG, Manuel Serrão, diretor-geral da Associação Selectiva Moda e António Braz Costa, diretor geral CITEVE & CeNTI, que assumiu a função de moderador.