10 dezembro 19
Investimento

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Cork-a-Tex atingirá 1,5 milhões de faturação em dois anos

A grande adesão que o novo fio de cortiça a ser produzido pela Cork-a-Tex New Generations Yarns (uma joint venture entre a Têxteis Penedo e a Sedacor) já induziu no mercado, vai permitir, logo no segundo ano de produção, um volume de negócios de 1,5 milhões de euros. O modelo de negócio assenta na criação de um produto premium.

“Acabámos de fazer uma uma nova empresa em associação com a Sedacor – a Cork-a-tex New Generations Yarns – que vai produzir fios de cortiça. É um produto superpremiado, a última vez em Frankfurt. A nossa perspetiva é que vai ser um produto bem recebido pelo consumidor em geral: para além de propriedades próprias da cortiça, incorpora outras essenciais para hospitais (anti-ácaros, anti-bactérias), que vai proporcionar mercados de outro nível. A cortiça é um anti-fogo natural, é um isolante, tem grande apetência para a decoração e portanto acho que vamos ter ali um produto super-interessante”, revelou ao T Jornal o CEO da Penedo, Xavier Leite.

A empresa será detida a 50% por cada um dos sócios. No primeiro ano vai faturar cerca de 700 mil euros, para, “no segundo ano, ultrapassarmos os 1,5 milhões. Depois é uma questão de o mercado absorver o produto”.

O modelo de negócio é de algum modo, tal como o fio, disruptivo: “para já, vai haver um critério muito restrito de colocação do produto: vai ser só para as grandes marcas de luxo – porque foram as quais interesse demonstraram, nomeadamente na feira de Frankfurt. O negócio vai desenvolver-se em pirâmide: vamos começar pelo topo, depois iremos descer, abrindo e alargando produções”, disse Xavier Leite.

O fio de cortiça vem assim juntar-se à galeria de produtos inovadores que a Têxteis Penedo possui em carteira – sendo essa área, a inovação, uma das que a empresa considera estratégicas em termos do negócio.

O projeto ‘Cork.a.Tex-Yarn: Fio Revestido com Aditivos de Cortiça’ resulta de um longo caminho já percorrido pelas duas empresas em parceria com o CITEVE e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (através do Laboratório Associado LSRE-LCM), sob o desígnio do desenvolvimento de produtos inovadores e de elevada performance que incorporem em simultâneo as propriedades dos substratos têxteis ao nível do conforto, toque e aspeto e as mais-valias funcionais da cortiça.

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