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O antigo jogador do Benfica Nuno Gomes, Mikel (FC Porto), Francisco Geraldes (Sporting), e Licá (Estoril Praia) fazem parte da equipa de futebol ou antes dos onze jogadores de diversas equipas que testaram e aprovaram a Sockapro, uma meia com um sistema que permite incorporar a caneleira e que já está patenteada para toda a Europa.
Como curiosidade refira-se que, além destes quatro, a equipa incluía ainda o guarda-redes benfiquista Bruno Varela (na altura jogava no Setúbal), Vítor Gomes (Belenenses) e cinco jogadores da equipa B do Benfica.
Todos eles colaboraram com António Patrício, também ele um antigo jogador do Estoril Praia e de outras equipas menos conhecidas, que trocou o futebol pelo empreendedorimo. “Foi já como jogador não federado que senti a necessidade de desenvolver uma meia que incorporasse a caneleira”, conta este jovem de 28 anos, com formação na área do marketing e da publicidade.
Entre a necessidade e a invenção desta nova meia foram só dois saltos. Primeiro encontrar um sócio investidor, o que aconteceu através de Ricardo Tomaz, ligado ao empreendedorismo social. Depois apresentar a sua invenção. Para isso, nada melhor do que um concurso sobre empreendedorismo promovido no ano passado pelo Benfica e pela Kick Up Sports Innovation.
A Sockapro ganhou mesmo um prémio desse concurso, abrindo-se assim a António Patrício e ao seu sócio Ricardo Tomaz a porta para transformar esta invenção num negócio.
Na sockapro, a caneleira fixa-se à própria meia, no seu interior, através de um sistema de elásticos, o que faz com que o jogador não necessite de mais nada para além da meia para estar pronto para jogar.
A meia inclui, também, um elástico exterior que elimina a necessidade de utilização de fita adesiva. Desta forma contribui para a melhoria no ambiente sendo que não será utilizado qualquer material de plástico (a fita adesiva é de plástico). O elástico exterior é reutilizável e lavável. “E o facto de o jogador não necessitar mais de fita adesiva poupa milhares de euros por ano ao departamento médico do clube”, acrescenta António Patrício.
O facto da meia ser a solução para a fixação da caneleira torna o jogador mais leve e mais seguro pois o sistema está pensado para que a caneleira se mantenha no mesmo sitio durante todo o jogo.
Assim, a performance do jogador será melhorada pois não tem de se preocupar com o incómodo da caneleira. “O jogador, segundo os relatos dos testes que fizemos, nem sente que a caneleira lá está”, sublinha ainda o inventor.
Todos os materiais até hoje utilizados pelos jogadores causam “estrangulamento” ao gémeo o que provoca uma má circulação sanguínea e aumenta a possibilidade de lesões musculares. “Com o nosso sistema isso não acontece”, garante.
“Estamos agora à procura de uma marca de artigos de vestuário desportivo que queira produzir e comercialiar a Sockapro”, explica António Patrício, acrescentando que “a ideia surgiu há uns anos mas só o ano passado é que se materializou quando fomos vencedores de um concurso de empreendedorismo ligado ao desporto”.