30 abril 20
Economia

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China retoma atividade total apenas em junho

A consultora Euler Hermes, acionista da COSEC, Companhia de Seguro de Créditos, realizou um estudo sobre a economia chinesa – denominado ‘China: In search of lost demand’ – onde prevê que a atividade económica chinesa retome totalmente apenas em junho, em consequência da evolução da procura interna e externa.

Num quadro em que a economia chinesa caiu 6,8% no primeiro trimestre – que compara com uma queda de 4,8% da economia norte-americana – a Euler Hermes espera que as medidas públicas de apoio a implementar este ano sejam equivalentes a 6,5% do PIB. Este estímulo orçamental deverá ser composto sobretudo por investimentos públicos (em infraestruturas, saúde, políticas verdes, tecnologia, etc.), redução de impostos e de taxas para empresas.

No plano monetário, o Banco Popular da China injetou liquidez no valor de 2,8% do PIB nominal, com especial destaque para as pequenas e médias empresas. Esperam-se novas injeções no valor de, pelo menos, 1% do PIB. As condições de crédito devem também ser mais facilitadas para as empresas.

A produção da China é ainda 15-20% inferior aos níveis normais. As percentagens são ainda mais baixas para o consumo, resultado de uma menor procura externa, devida às medidas de confinamento da população implementadas nos parceiros comerciais da China. Por outro lado, as medidas de distanciamento social e os cortes nos rendimentos no primeiro trimestre também levam a uma diminuição do consumo privado a nível interno.

Embora seja notória a retoma da atividade, esta deverá ser mais difícil para as empresas dos setores do consumo e comércio. A produção industrial, segundo os economistas, surpreendeu positivamente, com uma contração de apenas 1,1% em março comparativamente ao período homólogo, após uma quebra de  13,5% entre janeiro e fevereiro. Já as vendas de retalho registaram um decréscimo de 15,8%, em comparação com os 20,5% registados entre janeiro e fevereiro.

A consultora espera que, no final de 2020, a China consiga apresentar um crescimento positivo do PIB da ordem dos 1,8%.

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