26 agosto 20
Emprego

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CE aprova 5,9 mil milhões para lay-off, mas ATP pede mudanças

A Comissão Europeia acaba de aprovar esta terça-feira, dia 25 de agosto, a proposta de um empréstimo de 5,9 mil milhões de euros para apoiar o lay-off em Portugal, mas o presidente da ATP avisa que a crise se vai sentir por um período mais prolongado do que se previa e, por isso, o modelo de apoio às empresas tem que ser ajustado.

“O que se está a perceber é que a crise não vai ser tão profunda como se temia, mas vai ser bastante mais prolongada. As medidas do lay-off deveriam ser ajustadas a esta nova realidade”, sustenta Mário Jorge Machado.

É olhando para a evolução do mercado entre maio e junho que o presidente da ATP demonstra que o setor têxtil tem margem para crescer, mas oara isso é necessário o incentivo certo. “No mês de junho, a quebra comparativamente com o ano passado foi de 14%, quando vínhamos de quebras de 40% no mês de maio. Estes valores mostram que há claramente aqui uma situação de retoma. 14% é um número desastroso, mas mostra que vamos na direção certa”, disse, citado pela Rádio Renascença.

“Em março, pensámos que era um problema muito intenso, com paragens da ordem dos 40-50-60%, mas durante dois, três meses. Agora estamos a verificar que estamos numa fase em que há um problema de quebras de 20-30-40%, mas um problema de nove, dez, 11, 12 meses”, explica o dirigente, concluindo que isso, que as medidas de apoios ao setor não foram as adequadas e defende que “as medidas do lay-off deveriam ser ajustadas a esta nova realidade”.

Numa altura em começam a surgir notícias de empresas a fechar portos, a solução pode passar por “ajudar as empresas a pagar os salários com uma diminuição de atividade não tão intensa, mas mais prolongada”, sustenta o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, que estima que no final do ano as quebras no setor possam rondar os 20%, isto no caso de se manter a atual tendência.

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