06 Dezembro 2017
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Bruxelas rendida à moda e inovação da ITV portuguesa

Foi uma das acções de maior impacto do Fashion From Portugal, que serviu para reforçar o posicionamento superior da moda e do têxtil português. A apresentação que a ATP promoveu, ontem, ao final da tarde, em Bruxelas, junto de representantes de diversos países e da imprensa creditada nas instituições comunitárias “deixou uma belíssima imagem da nossa ITV”.

A constatação é do director geral da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Paulo Vaz, que destaca a presença de eurodeputados de diplomatas de vários países, “o que significa que há uma grande curiosidade em toda a Europa pelo case study que é ao sucesso da reindustrialização do sector têxtil português”. Entre a mais de centena e meia de personalidades que lotaram o principal salão das instalações da representação portuguesa na capital europeia, contavam-se até membros dos gabinetes de alguns primeiros-ministros, descreve Paulo Vaz.

A sessão foi aberta pelo Embaixador de Portugal, António Alves Machado, que igualmente se mostrou impressionado com a imagem de capacidade, dinamismo e modernidade projectada pela ITV portuguesa. Da mesma forma o representante da AICEP, que disse nunca ter visto “tão bonito e animado o salão Damião de Góis” – assim se chama a principal sala da Reper em Bruxelas – e pediu aos representantes da ATP para que sessão idêntica seja já agendada para o próximo ano.

O encontro, programado para  dar a conhecer a história de sucesso, explicar a capacidade de inovação e evolução tecnológica do têxtil português, foi desta vez conjugado com o Fashion From Portugal. A par da conferência de imprensa para dar conta do contributo da ITV nacional para a economia portuguesa e europeia, incluiu também um showcase focado nos aspectos do design e da moda, na inovação e na tecnologia, o que permitiu ao participantes tomarem contacto com produtos e projectos de vanguarda da ITV nacional.

A par de Ana Ribeiro, em representação do Cluster Têxtil, do Citeve e Centi, que expôs a forma produtiva como se articula a produção de conhecimento e inovação com as necessidades das empresas, também Artur Soutinho, representante do Grupo Moretextile, deixou testemunho de como foi possível conciliar a indústria tradicional com a vanguarda e inovação de que são hoje o melhor espelho.

Publicações especializadas, como os sites brussels-express.eu e EUtoday.com davam já ontem conta do sucesso da iniciativa, noticiando “A bem sucedida reindustrialização têxtil”, “O sucesso da reindustrialização têxtil num país de marinheiros” ou os “Têxteis portugueses revigorados”.

Notícias que dão conta de como na viragem do século, “enquanto a Europa olhava para a China domo fábrica do mundo e sonhava com um futuro de bem-estar à base de serviços, no Norte de Portugal um irredutível grupo de indústrias têxteis decidiu resistir e contrariar as mentes de Bruxelas e Lisboa, que declaravam o fim das indústrias tradicionais”.

Escreve o Brussels-Express que “foi contra ventos e marés, num mundo tempestuoso com os acordos multifibras e a abertura aos produtos asiáticos, que renasceu a essência do têxtil português”, acrescentando que graças à resiliência, capacidade de esforço e sagacidade das empresas e empresários “foi capaz de passar do Cabo das Tormentas ao Cabo da Boa Esperança e chegar a bom porto para mostrar agora estatísticas – produção, exportações, emprego e valor acrescentado – que mostram uma clara e consistente trajectória de crescimento nos últimos cinco anos”.

E, conclui o jornalista, “bem vistas as coisas, talvez até nem seja grande surpresa já que Portugal sempre foi um país de marinheiros”. A ITV portuguesa vai, de facto, de vento em pôpa.

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