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A indústria portuguesa de têxtil e vestuário é uma das pioneiras no campo da moda sustentável, afirma a jornalista Rosetti Rivera num artigo intitulado “5 sustainable fashion trends in 2019” publicado no Brussels Express.
Calcula-se que a têxtil gera anualmente na Europa 16 milhões de toneladas de desperdício e é uma das industrias mais poluidoras do planeta – se não arrepiar caminho, em 2050, será responsável por 25% do total das emissões mundiais de carbono.
Ana Silva, responsável pelo Departamento de Sustentabilidade da Tintex, Miguel Mendes, administrador da A.Sampaio & Filhos, e Braz Costa, diretor geral do CITEVE, são citados no artigo do Brussels Express.
“Não se trata apenas de melhores processos para fazer melhores tecidos, ou de usar menos água e menos químicos. Acima de tudo trata-se de respeitar os trabalhadores e providenciar boas condições de trabalho para um negócio sustentável”, sublinha o diretor geral do CITEVE.
Uma boa parte do esforço verde da Tintex está direccionado para o uso, no processo de tingimento, de métodos inovadores e alternativos aos polímeros derivados de petróleo.
“Recorremos a folhas de chá e outras ervas provenientes da menta e outros diferentes tipos de plantas. Também usamos biopolimeros no revestimento de tecidos”, explica Ana Silva.
Miguel Mendes põe a ênfase no facto da sustentabilidade não ser já apenas uma tendência e ter passado a fazer parte do sistema moda.
“A moda sustentável está a evoluir para uma economia circular. As marcas já começaram a recolher as roupas usadas para que possam ser reutilizadas. Um dia chegará em que não precisaremos de novos recursos porque reutilizaremos os que já temos an produção de novas roupas”, conclui o administrador da A. Sampaio.