31 janeiro 18
ISPO

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Berg orgulhosa de ser uma marca portuguesa, com certeza

Em alemão, berg quer dizer montanha. Berg (com B maiúsculo) é o nome de um pequena comunidade piscatória norueguesa. Mas quando se fala de artigos para desporto e vida ao ar livre, já não é possível fazer confusão – Berg é uma marca portuguesa, com certeza. “Proudly made in Portugal” anuncia (em letras grandes, para que não fiquem dúvidas) a marca do grupo Sonae logo à entrada do seu stand de 125 m2 na ISPO, onde está a apresentar as suas novidades, com destaque para produtos altamente técnicos, usando matérias primas tão portuguesas como a cortiça ou o burel.

“Pela primeira vez, toda a nossa linha têxtil é 100% made in Portugal,  desde a concepção e desenvolvimento até ao fabrico do produto. Não deve haver muitas marcas no mundo que se possam gabar de ter toda a sua linha têxtil integralmente feita no nosso país”, declara Miguel Tolentino, diretor geral da Berg Outdoor, que está pelo sexto ano consecutivo na maior feira do mundo de artigos de desporto, onde já foi distinguida com uma mão cheia de prémios.

Orgulhosa da sua portugalidade, a Berg batiza todos os produtos com um nome português. Assim o casaco de cortiça, desenvolvido em parceria com a LMA e Scoop (confeção) e que é uma das novidades mais sexy que trouxe a Munique, recebeu o nome de Deilão, uma aldeia de Bragança com 168 habitantes e encostada à raia.

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Casaco de cortiça da Berg

Outra das vedetas da oferta da Berg para o próximo outono-inverno é um midlayer muito técnico, com um painel de isolamento térmico, efeito compressão e dotado de uma enorme elasticidade, que está também está em exibição no stand da Impetus – a sua parceira neste projeto.

A forte aposta em matérias primas portuguesas manifesta-se também no uso do burel em novos produtos, como botas e mochilas, depois de no ano passado a Berg ter conquistado  o Innovation Award da ISPO com as sapatilhas Jindo, em cuja construção foi usada esta lã tradicional.

O uso crescente do burel desenvolve-se no âmbito de uma parceria com a  Burel Factory (empresa fundada e liderada por Isabel Costa, uma antiga administradora da Sonae Distribuição) e corresponde ao maior interesse dos consumidores por produtos diferentes e naturais.

“O burel é uma lã comprimida muito resistente. Por alguma razão os pastores a usavam para se protegerem do frio, chuva, vento e neve”, explica o diretor geral da Berg Outdoor, uma multinacional de origem portuguesa que tem os seus produtos à venda em 20 países.

Vizinho da North Face no pavilhão A1, o stand da Berg na ISPO dá nas vistas não só por ter um mapa com muitas bandeirinhas coloridas espetadas mas também por servir cerveja Super Bock de barril em canecas metálicas – uma iniciativa onde se mistura um traço de portugalidade com outro de sustentabilidade (as canecas podem ser adquiridas por três euros, sendo a receita assim obtida canalizada para uma ONG ambiental).    

O enorme mapa mundo com bandeiras um pouco por toda a parte, que domina uma das paredes do stand da Berg, é a base para um concurso. Qualquer visitante da ISPO pode concorrer, escrevendo o nome e contacto numa bandeira antes de a espetar no país que gostaríamos de visitar – sendo que o vencedor concretizará esse sonho de borla. O ano passado, a feliz contemplada foi uma austríaca que ganhou uma viagem à Patagónia.

“Estamos a beneficiar da boa reputação internacional que o nosso país tem sabido construir”, reconhece Miguel Tolentino, acrescentando que a Berg também tira partido da crescente preocupação com a sustentabilidade, pelo facto dos seus produtos serem fabricados na Europa, mais próximos dos consumidores, deixando por isso uma pegada ecológica infinitamente menor do que se fossem feitos no Oriente.   

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