07 agosto 20
Empresas

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ATP: auxílio às empresas tem de ser imediato

Os instrumentos de auxílio à recuperação da atividade das empresas têm de chegar imediatamente ao universo para que foram criados – as próprias empresas – sob pena de, a partir de setembro, o país poder assistir a uma vaga de insolvências de que necessariamente resultará o aumento exponencial do desemprego, disse Mário Jorge Machado, presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP).

Aquele responsável associativo mantém que o Governo foi demasiado rápido a acabar com alguns instrumentos que se revelaram muito benéficos para as empresas e que o seu cancelamento foi lesivo dos interesses das empresas. Neste quadro, assume especial relevância o lay-off simpllificado – que todas as associações empresariais sem exceção pretendem ver regressado, apesar de o Governo se mostrar intransigente nesta matéria.

Mário Jorge Machado é muito crítico dos pressupostos do novo enquadramento do regime de lay-off. “Investir numa empresa que perdeu 75% do negócio? Essa empresa, em princípio, está falida, não faz sentido estar a ‘atirar-lhe’ fundos para cima”, refere o presidente da ATP para enfatizar que a aposta devia ser precisamente a contrária: ajudar as empresas que demonstram terem suporte suficiente para ultrapassarem o pior da crise motivada pela pandemia e, na hora do rearranque, estarem aptas a dar resposta imediata e positiva.

Mário Jorge Marchado espera que o Governo ‘copie’ a postura da Comissão Europeia: “estar a servir de garantia ao apoio que as empresas precisam”. Para além da questão do lay-off, assumem especial relevância as moratórias, “que foram uma importante ajuda, mas que terão necessariamente de ser estendidas no tempo”, uma vez que a esmagadora maioria das empresas continua a não ter terouraria suficiente para fazer face a algumas das suas obrigações, nomeadamente na área fiscal.

Como que antevendo uma pequena luz ao fundo do túnel, Mário Jorge Machado deixou também uma nota de esperança: “as exportações em junho melhoraram em relação aos números de abril e maio”, o que demonstra, por um lado, a resiliência do setor e, por outro, a justeza da aposta na produção alternativa de máscaras e de equipamentos de proteção pessoal.

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