22 janeiro 21
Feiras

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As feiras híbridas são o futuro do setor

O debate em torno de como serão as feiras do futuro tem sido recorrente nos últimos anos, mas a chegada da pandemia indica que esse futuro já chegou. A limitação das atividades, o distanciamento social, as restrições às viagens ou a dificuldade de um planeamento de longo prazo, impõe a realização de feiras em formato híbrido.

A opinião é de Eduardo López-Puertas, diretor geral da Ifema, a maior operadora espanhola e uma das mais importantes da Europa na organização do circuito internacional da indústria de feiras e congressos, e resulta do facto de “estarmos obrigados a repensar um setor cuja contribuição para o PIB mundial é de 167 mil milhões de euros”.

“A pandemia tem sido um catalisador para todo o setor das feiras, pois mobilizou a aposta na digitalização” – que, convém não esquecer, afetou os dois principais pilares que sustentam o negócio: os expositores e os visitantes. López-Puertas recorda que a Ifema já tinha avançado, antes da pandemia, no processo de transformação digital, “o que tornou mais fácil enfrentar o seu impacto traumático”, mas não escamoteia que a situação é “um choque” para todo o setor.

Ciente de que as feiras são ferramentas essenciais para a recuperação económica, aquele responsável considera que o desenvolvimento de plataformas digitais concebidas para prestar o mesmo serviço que as feiras ‘normais’ aos diferentes setores é a forma mais eficaz para ultrapassar os problemas causados pela pandemia.

Nesse quadro, as plataformas digitais têm de ser pontos de encontro, que oferecem a possibilidade de identificar oportunidades, cruzar interesses, fazer negócios e ampliar o conhecimento mútuo das partes envolvidas.

A isso deve somar-se, de forma híbrida, a combinação de alguns conteúdos presenciais “sob parâmetros de segurança”. “O formato híbrido, no seu conceito aperfeiçoado, vai ser a chave para as feiras do futuro”, diz López-Puertas.

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