12 abril 21
Moda

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Aos 86 anos, Giorgio Armani está à procura de um sócio

É mais uma consequência inesperada da pandemia de Covid-19: aos 86 anos de idade, Giorgio Armani, que dirige uma das poucas grandes empresas de luxo que permanece independente e fora do mercado de capitais bolsa, abriu pela primeira vez as portas à entrada de um sócio na sua empresa.

Em entrevista à Vogue, Armani explicou que, “abri os nossos olhos” e, pela primeira vez, reconhece que a ideia de continuar como uma empresa independente, que tem defendido desde sempre, já não é “tão estritamente necessária”. O empresário considera apenas, contudo, a possibilidade da entrada no capital da sua empresa de um empresário italiano (“não necessariamente ligado à moda”) e nunca de qualquer outra nacionalidade.

A declaração motivou especulações sobre um potencial acordo com a Exor, empresa da família Agnelli (fundadora do grupo FIAT e detentora da equipa de futebol do Juventus), que recentemente entrou no capital de Christian Louboutin e que é dona da chinesa Shang Xia.

As palavras de Armani excluem, pelo menos para já, a possibilidade da entrada no capital da sua empresa de qualquer um os dois grandes conglomerados de luxo franceses, a LVMH e a Kering – que, a suceder, seria considerado em Itália como uma espécie de traição.

Por outro lado, Giorgio Armani revelou que iniciou a transferência de poderes no seio da sua empresa para a sobrinha, Roberta Armani, e para o gestor Leo Dell’Orco, mas escusou-se a revelar se já haveria uma decisão sobre quem será o próximo CEO. Criada em 1975, a Armani tem um volume de negócio anual acima dos dois mil milhões de euros.

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