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Vestidos de renda, casacos com estilo e jeans devidamente rasgados pendurados no meio de cartazes em neon compõem o ambiente de uma nova loja de moda chique aberta em Baker Street, Londres – e seria talvez apenas mais uma se não se desse o caso de ser uma loja da Amazon, a primeira de roupas e acessórios do gigante norte-americano na Europa.
A Amazon começou a vender roupa e acessórios no Reino Unido há apenas dez anos, mas já está a competir com a maior rede de lojas britânica, a Marks & Spencer, com uma posição de 4,6% no mercado de vestuário online – aquele que parece ter maior margem de crescimento.
A Amazon lançou cinco marcas, entre elas a Aurique, de roupa desportiva feminina e já este ano investiu na contratação de profissionais que ganharam experiência na concorrência – entre elas a Marks & Spencer, Primark e Nike.
Para já, as lojas físicas continuam a assegurar cerca de 80% das vendas de roupa e acessórios, mas o desenvolvimento do setor aponta para a inversão deste desequilíbrio: destro de 20 anos, as vendas online terão equilibrado os pratos da balança, com o mercado a dividir-se a meio entre as duas propostas. A loja de Baker Street pretende dar visibilidade a esse mercado florescente.
Por outro lado, a Amazon quer dissociar a sua imagem do comércio de roupa barata, para conquistar um mercado muito maior de vestidos de festa glamorosos e de roupas elegantes para o dia-a-dia.
“Há 22 anos, a Amazon era apenas uma livraria online nos Estados Unidos. Hoje, é a maior empresa de comércio eletrónico do mundo, com oferta dos mais diversos produtos no mercado global. Porque não faria sucesso no campo da moda? É apenas uma questão de tempo”, disse Susan Saideman, vice-presidente da divisão europeia da Amazon Fashion.