7 Março 2018
Lanificios

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Albano Morgado cresce 4%, apesar dos incêndios

Apesar de ter perdido um armazém de 450 metros quadrados – e três trabalhadores – no grande incêndio de Junho de Pedrogão Grande, a têxtil Albano Morgado fechou as contas de 2017 com um crescimento de 4%, tendo ultrapassado os cinco milhões de euros de volume de negócios no ano em que assinalou os 90 anos de actividade.

Com um avanço significativo nas vendas ao exterior – mais que duplicaram em oito anos -, a laneira de Castanheira de Pera escoa já mais de 65% da sua produção com as exportações directas, sendo que as restantes vendas vão para fabricantes nacionais de vocação exportadora.

As lãs cardadas, designadamente os tecidos clássicos de burel, samarra e surrobeco, representam a esmagadora maioria da produção da empresa, que é completamente vertical neste segmento, satisfazendo 80% das suas necessidades de lã no mercado nacional.

Os seus principais mercados estão na Europa, com Suécia, Alemanha, Inglaterra e França à frente, vendendo tecido 100% de lã que tem tido procura crescente pelo aumento do interesse em fibras naturais.

Nos próximos meses, a Albano Morgado vai arrancar com a construção de uma nova tinturaria, num investimento que é alargado à renovação do parque de máquinas e deverá representar um esforço financeiro superior a 1,5 milhões de euros. As obras deverão estar concluídas até ao final do ano e, a par de uma maior automação do processo de fabrico, vai ser também alterada fonte energética da caldeira, que passa da nafta para o gás natural com as inerentes vantagens ambientais.

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