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A nova tinturaria e laboratório da Albano Morgado, que representam um investimento de 1,5 milhões de euros, deverão estar prontos até ao final do primeiro semestre de 2020, de acordo com Baltasar Lopes, administrador da empresa de lanifícios de Castanheira de Pera.
Os alicerces já estão prontos pelo que tudo leva a crer que no próximo verão já esteja a laborar uma tinturaria moderna e verde, com enorme automação de processos e uma alteração na fonte energética da caldeira, que passa da nafta para a o gás natural, com as inerentes vantagens ambientais.
“Ganhamos nós e os clientes, pois reduzimos a despesa ao passar a produzir com menores custos, e ganha o ambiente”, resume Baltasar Lopes, salientando mais uma vertente da estratégia verde da empresa.
A Albano Morgado está a apostar numa linha de tecidos denominada Eco-life, com fibras virgens de lã 100% nacional e sem produtos químicos envolvidos no processo de fabrico.
“Reciclamos não só todos os desperdícios da fiação, tecelagem e ultimação mas também os de alguns dos confeccionadores nossos clientes. Separamos, esfarrapamos e fazemos novas fibras”, garante Baltasar Lopes.
“A preocupação com o ambiente não é, para nós, uma coisa nova. Desde a fundação, em 1927, que aproveitamos o nosso desperdício para fazer fibra de lã reciclada”, acrescenta o administrador da Albano Morgado.
A estratégia verde da empresa de lanifícios de Castanheira de Pera passa por apresentar nas suas coleções cada vez mais itens e artigos fabricados com lã reciclada. “Temos apresentado coleções muito abrangentes, de modo a ir de encontro às necessidades dos diferentes mercados e tendências. Temos de ter armas para estar em todas as frentes”, explica Baltasar.
Com instalações industriais com uma área coberta de oito mil metros quadrados onde trabalham 85 pessoas, a Albano Morgado espera fechar o ano com um volume de negócios na ordem dos cinco milhões de euros. “O ano não começou bem, mas nesta reta final está a correr muito melhor. Vamos ter algum crescimento”, conclui o administrador.