22 Maio 2018
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“A velocidade é muito importante”, diz o líder da Li & Fung

Spencer Fung foi ao Copenhagen Fashion Summit, que teve lugar nos dias 15 e 16 deste mês, falar acerca da sua experiência à frente da gigante Li & Fung. Destacou a importância da velocidade – “o mundo e o consumidor mexem-se muito rápido” –  e do design virtual em 3D.

Membro da quarta geração da família que lidera a companhia, Fung falou na manhã do segundo dia do evento e focou a sua intervenção nas iniciativas recentes da empresa, entre elas a sua abordagem à digitalização, que deve, de acordo com diretor geral, trazer uma nova flexibilidade ao setor, mas também fazer evoluir as práticas para comportamentos mais responsáveis. “Honestamente, há um ano não sabíamos exatamente o que isso significava. Agora, temos uma visão mais clara, com diferentes pontos-chave para nós, mas também para os nossos clientes. Estamos focados no design virtual em 3D, que permite diminuir o tempo de design e reduzir drasticamente a produção de amostras. O que representa economia de material e ganhos enormes para os retalhistas. Mas, também estamos a trabalhar em soluções para que as pequenas e médias empresas possam ter soluções em Saas que lhes permitam melhorar o seu desempenho”, revelou o diretor geral.

Perante a plateia, Spencer Fung falou ainda da importância da adaptação face aos desafios que se apresentam, entre eles a necessidade de atualização constante. “Os consumidores mudam muito mais rapidamente do que antes, é preciso inovar… ou morrer”.

Segundo o director do grupo sediado em Hong Kong e que tem um volume de negócios acima de 13,5 mil milhões de dólares, “a velocidade é muito importante, porque o mundo e o consumidor mexem-se muito rápido. Quando o cliente é dez vezes mais rápido do que antes, sabe o que quer quando entra na loja, 40 semanas entre o design e a chegada às lojas é demasiado tempo. Queríamos passar para 20 ou até 16 semanas, mas isso não é rápido o suficiente. Temos que perceber como responder à demanda do consumidor. A maioria das pessoas utilizam 10% do seu guarda-roupa, por isso querem um produto específico”, explica.

Com isto, pretende-se que os retalhistas possam reduzir aos stocks e evitar que centenas de metros de tecido fiquem em armazém sem serem vendidos. A redução dos desperdícios poderá significar menos gastos e permitir uma redução dos preços.

 

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