15 Julho 19
Têxteis-lar

António Moreira Gonçalves

A Rosacel apostou no valor e abriu portas ao mundo

Produzir mais, mas sobretudo com maior qualidade, foi a grande decisão estratégica da Rosacel nos últimos três anos. Depois de anos a trabalhar com os produtos básicos, especialmente para o mercado espanhol, a têxtil-lar de Pevidem, Guimarães, alargou as suas instalações, apostou nos valor acrescentado e hoje vende para toda a Europa, Japão, Estados Unidos e Rússia.

“Subimos na cadeia de valor e focamo-nos em novas fibras. Dantes produzíamos mais 100% poliéster, hoje trabalhamos com o 100% algodão e investimos em fibras naturais como a caxemira, o bambu, o cânhamo ou a urtiga” explica Helena Machado, representante comercial da empresa especializada em têxteis de cama e mesa.

Uma das fibras que alavancaram as vendas internacionais é o Repreve, um polyester produzido a partir de garrafas de plástico recicladas e que permite aos consumidores conhecerem a história do produto que compram. “Os clientes podem ir à net e ver quantas garrafas foram utilizadas na produção de uma colcha por exemplo. Quando explicamos isto aos compradores, a reacção é muito boa”, explica a representante da empresa.

Com um catálogo mais variado, a empresa viu-se obrigada a alargar a sua produção. Tem em construção uma nova fábrica, também em Pevidém, com uma área coberta de 3 870 metros quadrados, mas ainda sem data para inauguração. Entretanto duplicou o número de teares, de 6 para 12, e alargou a sua actividade, de forma temporária, a um novo pavilhão.

Os primeiros resultados deste impulso fazem-se já sentir. Exemplo disso foi a última edição da Guimarães Home Fashion Week, onde a empresa registou o interesse de compradores russos e sobretudo de vários japoneses, que fizerem questão de visitar a fábrica depois da feira. A Rosacel exporta já para países como a Inglaterra, Chipre, Suiça e Estados Unidos.

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