21 Setembro 2017
Première Vision

Jorge Fiel

A prenda da PV à Albano Morgado

“Felizmente que não tenho tido descanso. Esta está a ser a melhor feira de sempre, desde que há 14 anos começamos a vir à Première Vision”, garante Albano José Morgado, CEO da Albano Morgado, que está a celebrar em Paris a passagem de 90 anos sobre o dia em que o seu avô  fundou a empresa com quatro teares de madeira e a ajuda da sua mulher e quatro filhos.

O afluxo de bons visitantes  – nem sempre são bons, como nota João Mendes, da A.Sampaio & Filhos: “Tenho o stand sempre cheio, mas passava melhor sem metade dos visitantes” – ao espaço da Albano Morgado está, portanto, a ser uma das melhores prendas de aniversário para a única sobrevivente das 13 empresas que outrora fizeram de Castanheira de Pêra uma das praças fortes da nossa indústria laneira.

A satisfação evidenciada pelo neto de Albano Morgado (que debutou nos negócios com 18 anos, a partir de um macho e uma carga de fazendas oferecida pelo pai, um vendedor de tecidos) só é ultrapassado pelo entusiasmo transbordante de Mário Jorge Silva, da Tintex, que não poupou nos adjetivos (“Está a ser fantástico, espetacular”) quando lhe perguntamos como estava a correr a feira.

Na verdade, não se pode deixar de estar com um sorriso de orelha a orelha quando, naquele que é provavelmente o mais importante salão de tecidos do mundo, os clientes fazem fila  (“Cheguei a contar 15 pessoas à espera de falar connosco”, confidencia-nos o empresário) à porta do stand, aguardando pacientemente que chegue a sua vez de serem atendidos por uma das mais brilhantes “rising star” da nossa ITV.

“Para o ano vamos precisar do dobro deste espaço”, reivindica o CEO da Tintex, que tem nesta PV um stand de 45 m2, já um bocado maior que o de 33 m2 do da última edição, decorado com o look clean e sofisticado da nova imagem adoptada pela empresa de Vila Nova de Cerveira.

Com uma média diária de atendimento de 250 clientes no seu espaçoso stand, na área denim do Pavilhão 6 do Parque de Exposições de Paris Villepinte, quem também não tem a mínima razão de queixa é a Troficolor.

À vista desarmada, era notório (e por isso notado por toda gente) o contraste entre a enorme afluência ao stand da empresa nascida na Trofa (mas que acaba de concentrar todas as suas operações em Lousado) e à mais escassa concorrência de visitantes aos espaços dos seus vizinhos japoneses e de outras paragens.

O segredo do sucesso das Troficolor? “A qualidade e criatividade do produto são fundamentais. Mas não podemos negligenciar o pós venda. Fazemos questão de prestar sempre o melhor serviço e acompanhamento ao cliente, pois sabemos que o nosso sucesso está umbilcialmente ligado ao sucesso deles”, responde Carlos Serra.

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