22 Maio 2017
Investimento

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A Polónia vai ser o sétimo país da geografia do grupo ERT

A ERT está na fase final dos trabalhos de prospecção do local na Polónia onde vai instalar uma nova unidade industrial que fornecerá componentes para fábricas da BMW e Mercedes do centro da Europa. Será o 7º país e o terceiro continente da geografia do grupo português, após Portugal, Roménia, República Checa, Espanha, Marrocos e México.

A Polónia foi eleita como o país indicado para reforçar a capacidade produtiva do grupo português na Europa Central, após o seu líder, João Brandão, ter constatado que a fábrica da ERT na República Checa já não chega para as encomendas, apesar de estar a trabalhar sete dias por semana, aproveitando 100% da sua capacidade instalada.

Descartada, por diversas razões (entre as quais a dificuldade em recrutar localmente os recursos humanos indispensáveis), a possibilidade de ampliar a fábrica na República Checa, a atenção da ERT virou-se para a Polónia, que era um amor antigo.

O pontapé de saída na multinacionalização da ERT deu-se na sequência do grande alargamento da UE a Leste, ocorrido em 2004. “Para nós foi logo óbvio que para continuarmos a crescer tínhamos de ir para o outro lado da Europa. Acompanhando o cliente Coiundu, começamos pela Roménia, onde construímos de raiz uma fábrica, que em 2007 já estava a produzir”, explica João Brandão.

“Mais tarde, vimos que precisamos de estar mais perto da Alemanha. E em 2012 decidimos ir para a Polónia, primeiro com uma plataforma logística, depois com uma fábrica”, acrescenta o líder da ERT.

A decisão de investir na Polónia acabou por ficar cinco anos em banho maria porque, no entretanto, surgiu uma oportunidade que o grupo português agarrou com ambas as mãos – a insolvência de uma empresa alemã que tinha na República Checa uma fábrica com processos industriais e um carteira de clientes complementares aos da ERT, que pôs as fichas todas neste processo de que saiu vencedora.

Em Espanha (Valladolid), o grupo de S. João da Madeira acaba de investir um milhão de euros num centro de engenharia de qualidade, que se dedica ao corte de peças para a insonorização automóvel, onde trabalham 40 pessoas, efetivo que vai ser duplicado.

Em Marrocos (Tânger) deverá começar a laborar em setembro a unidade da ERT que fornecerá as fábricas da PSA e Renault instaladas neste país do Norte de África.

Para o ano, será a vez de completar o investimento de três milhões de euros numa fábrica no México, que abastecerá os construtores automóveis Mercedes e BMW.

Assumindo-se como um grupo que produz têxteis técnicos para aplicação em mercados competitivos para estilos de vida urbanos e modernos, a ERT fechou o exercício de 2016 com um volume de negócios de 91 milhões de euros e empregando 700 pessoas.

No corrente ano, em que tem em curso um programa global de investimentos orçado em 20 milhões de euros, o grupo dirigido por João Brandão espera que a faturação ultrapasse os três dígitos (fixando-se no intervalo entre os 105 e os 110 milhões de euros) e o emprego atinja as 900 pessoas.

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