04 dezembro 19
XXI Fórum Têxtil

T

A ITV vai continuar a criar emprego

No próximo ciclo de dez anos, a ITV não vai conhecer uma perda líquida de trabalhadores. O setor deverá criar 22 mil postos de trabalho a dez anos, necessariamente mais qualificados e decorrentes da introdução de novas tecnologias,disse ao T Jornal o presidente da ATP.

Como resposta às notícias que devam como certa a perda de 28 mil postos de trabalho nos próximos dez anos, Mário Jorge Machado explicou que o cenário colocado em cima da mesa é diverso: “todos os anos saem do setor [para a reforma ou para outras atividades] uma média de cinco mil pessoas”.

A conta que a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal  faz é que as alterações da envolvente – nomeadamente no que tem a ver com a introdução de novas tecnologias – vão fazer “o setor criar 22 mil postos de trabalho a dez anos: a diferença entre os 50 mil colaboradores que sairão do sistema nesse horizonte de tempo e os 28 mil de que foram anunciados”.

Por outro lado, disse ainda Mário Jorge Machado, esses novos postos de trabalho a criar na indústria serão necessariamente mais qualificados e dependentes de uma maior formação pessoal – área em que tanto o movimento associativo como o Estado estarão atentas para fornecer o apoio necessário.

Isso mesmo deverá ser vertido para o próximo quadro comunitário de apoio, disse ontem no XXI Fórum Têxtil o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira – para quem o elemento formação é não só identificador das economias com capacidade de competitividade no plano planetário, como está identificado como uma das prioridades do Portugal 2020.

Pedro Siza Vieira recordou que por estes dias se discute precisamente o orçamento comunitário – matéria onde tem havido notáveis divergências, nomeadamente entre a Finlândia (que presidente à Europa no presente semestre) e o Governo português liderado por António Costa. E será só quando esse documento estiver fechado que será possível escalonar as prioridades que estarão subjacentes ao quadro comunitário até 2030.

Sendo certo que, disse ainda o ministro, o Governo está por outro lado apostado em, através “das instituições financeiras do Ministério da Economia contribuir para melhorar as condições de acesso ao financiamento” bancário, “assumindo um papel ainda mais assertivo” nesse domínio.

Partilhar