04 dezembro 19
XXI Fórum Têxtil

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A indústria às portas de um novo paradigma

No final de um ciclo de crescimento muito longo, de mais de 10 anos, a indústria nacional do vestuário e da moda está prestes a abordar um novo paradigma que, para Paulo Vaz, diretor-geral da ATP, será enquadrado em cinco novos quadros de referência: regulamentador, de valores, demográfico, tecnológico e de competitividade.

Para Paulo Vaz, é fundamental que as empresas percebam que o bilateralismo está de algum modo a substituir o multilateralismo (o quadro regulamentador) e que os consumidores estão a divergir do centro tradicional do consumo, para se dirigirem para o ‘reduce, recicle, reuse’ (o quadro de valores), que obrigam a uma alteração profunda da própria indústria – que o setor nacional já começou, com assinalável êxito.

Os quadros demográfico e tecnológico aliam-se: para menos pessoas (um flagelo em todo o Ocidente), mais máquinas, com a automação, a digitalização e a conectividade a assumirem papel fundamental.

Finalmente, no quadro competitivo, as questões energéticas – nomeadamente no que tem a ver com as energias limpas – os custos do trabalho e a reindustrialização são os fatores que vão fazer toda a diferença.

Como drivers de desenvolvimento, Paulo Vaz apontou a capacitação, o design, a tecnologia, a internacionalização e a sustentabilidade como os elementos-chave a tomar em consideração.

É com esta envolvente que Paulo Vaz considera o cenário da indústria para 2025: mais de quatro mil empresas, mais de 110 mil colaboradores, cerca de oito mil milhões de euros de volume de negócios agregado – dos quais seis mil milhões oriundos das exportações – e mil milhões de saldo na balança de pagamentos.

Veja aqui o documento que serviu de base à comunicação do diretor-geral da ATP.

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