11 Janeiro 2018
Heimtextil

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A.Ferreira em Frankfurt com um sofá aquecido

Um sofá aquecido é a grande novidade que a A. Ferreira está a apresentar no seu stand no Pavilhão 11 da Heimtextil, a maior feira de têxteis lar do mundo, que abriu terça feira e fecha amanhã as portas na Messe Frankfurt.

Desenvolvido pelo seu departamento de I&D, em parceria com a Universidade do Minho e  um fabricante de mobiliário, o sofá que ligado à corrente garante as costas quentes a quem nele se sentar (costas e assento estão aquecidos a uma temperatura constante de 30 graus) ainda é um protótipo, mas já passou por todos os testes de segurança e resistência.

“A fase seguinte é a industrialização”, fiz Noel Ferreira, administrador da A. Ferreira, uma empresa que não cessa de buscar novos caminhos para o futuro, num esforço permanente de ajustamento às evoluções do mercado.

No dobrar do século, o fabrico da camisolas de malha era o seu core business, mas a inundação do mercado mundial com produtos orientais a baixo preço (consequência da adesão dos países asiáticos à OMC) obrigou a A. Ferreira a mudar de agulha.

“Fizemos uma reflexão estratégica e concluímos que não podíamos competir em produtos em que o custo da mão de obra fosse determinante no preço final”, recorda Noel, 53 anos, um engenheiro têxtil formada em Tournai (Bélgica).

A segunda conclusão lógica que a empresa retirou desta reflexão foi a de que ao contrário dos custos de mão de obra, o preço da matéria prima e das máquinas era igual para todos (asiáticos incluídos) – e por isso deviam apostar no fabrico de peças em que a produção fosse o mais possível automatizada.

Mantas (em lambswool e 100% algodão)  e roupa para criança, com marca própria (Wedoble), passaram a ser o pão com manteiga da A. Ferreira, que no entretanto sofreu com a invasão do mercado pelas baratas mantas polares, o que a levou a pôr o essencial das suas fichas e esforços na roupa para criança.

As mantas ainda representam mais de metade do volume de negócios da empresa de malhas de Vizela  (que fechou 2017 com um faturação de quatro milhões de euros), mas o objetivo de Noel é crescer através da Wedoble – e já fixou o ambicioso objetivo de, no final do próximo ano, fazer 50% das vendas com a sua marca própria de vestuário infantil.

“As vendas da Wedoble têm tido um comportamento animador. Crescem no inverno e depois estabilizam , para voltarem a crescer no verão seguinte e voltarem a estabilizar no outro inverno. E assim sucessivamente”, conclui Noel Ferreira.

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