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O BioEva – um produto feito a partir do desperdício do fabrico anual de um milhão de chinelos e pantufas – é uma das novidades que o grupo ERT trouxe à edição 2019 (e de boa memória para Portugal) da Techtextil/Texprocess, que fecha hoje à tarde as portas na Messe Frankfurt.
“Com este novo produto, feito a partir dos desperdícios do corte das solas, estamos a corresponder à enorme apetência do mercado de produtos reciclados”, explica Fernando Merino, managing director do grupo ERT, que emprega 1 100 pessoas, tem o seu centro de gravidade em S. João da Madeira e fechou 2018 com um volume de negócios global de 120 milhões de euros.
A ERT optou por apresentar-se em Frankfurt com produtos inovadores da sua área não automóvel, que vale apenas 15% das vendas do grupo e onde está em curso um processo de concentração na WTex, com novas instalações industriais em Felgueiras.
“Faz todo o sentido ter as duas áreas em locais fisicamente diferentes, pois os processos de engenharia são diversos e devem estar separados”, diz Merino, acrescentando que as novidades para a área automóvel serão apresentadas na próxima semana, na Automative Interiors, em Estugarda.
A partir dos desperdícios do corte das solas de pantufas e chinelos, a ERT fabricou blocos, laminados (com espessuras que vão do 1 mm aos 10 mm) e pó de BioEva, em diferentes cores, com uma enorme variedade de usos.
“Trata-se de um produto que está a despertar bastante interesse junto dos arquitectos e designers. É leve, resistente, absorve bem o impacto além de à vista ser muito parecido com a cortiça”, afirma o managing diretor da ERT.
Além do BioEva, a área não automóvel foi grupo fundado e liderado por João Brandão trouxe a Frankfurt um colete de proteção de motociclistas, que está a ser desenvolvido em parceria com a Polisport, de Oliveira de Azeméis, bem como uma inovador assento de cadeira para bebé.