27 setembro 18
Lançamento

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30 anos de Paulo Vaz na ITV reunidos num livro

O nono ano consecutivo de crescimento que se prefigura para a têxtil em 2018 – o mais longo período de prosperidade da industria de que há memória – é o maior elogio que se pode fazer aos empresários do setor, afirmou Paulo Vaz, diretor geral da ATP, na tertúlia que marcou a apresentação do seu livro intitulado “Da tradição se fez futuro/30 anos de indústria têxtil portuguesa”.

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, fez questão de estar no lançamento deste livro, que teve lugar na Alfândega do Porto, no final do primeiro dia do Modtissimo, e incluiu uma tertúlia que juntou Paulo Nunes de Almeida (o primeiro presidente da ATP e atual presidente da AEP), e António Souza Cardoso, o histórico ex-diretor geral da ANJE e agora empresário da HOP.

“Hoje a indústria têxtil é muito diferente daquela que conheci há 30 anos. E mesmo bastante diferente da de há dez anos atrás, quando estava baseada no preço. Agora está baseada no valor. Deixamos de ser tomadores de encomendas para passarmos a ser alvos prestadores de soluções”, afirmou o diretor geral da ATP.

Paulo Vaz começou por passar em revista a evolução da ITV portuguesa ao longo dos 30 anos que leva a trabalhar nela e que foram sendo reflectidos nas crónicas publicadas na Vida Económica (que esteve representada na cerimónia pelo diretor João Luís Peixoto de Sousa), compendiadas no livro “Da tradição se fez futuro”.

“O momento mais inquietante foi o do impacto da adesão da China à OMC. Foi também o momento decisivo que demonstrou porque é que o movimento associativo existe”, afirmou Paulo Vaz, acrescentando que o milagre da ressurreição de uma indústria, a quem os panditas do costume já tinham vaticinado a morte, só foi possível “devido ao facto de estarmos equipados com uma orientação estratégica que permitiu empresários terem sabido alocar os recursos de uma forma eficiente”

“Portugal é o único pais europeu que consegue manter uma fileira têxtil integrada, com epicentro em Famalicão e capacidade para fazer todo o tipo de produtos, de A a Z”, explicou Paulo Nunes de Almeida, enunciando um dos factores de competitividade da nossa ITV que trabalha em regime de private label.     

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