6 dezembro 18
Inovação

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Foto: Diogo Cunha

2C2T e Copo Têxtil põem carros a reconhecerem passageiros

Num futuro não muito distante, os carros vão identificar logo quem se senta neles, na sequência de uma investigação conjunta do Centro de Ciência e Tecnologia Têxteis da Universidade do Minho (2C2T) e da Copo Têxtil, empresa de capitais espanhóis com fábrica em Santo Tirso.

Concebido para evitar roubos, este milagre do reconhecimento do ser humano pela máquina é conseguido através do cruzamento de várias informações – ritmo cardíaco, peso, maneira particular de sentar, etc – disponibilizadas por sensores colocados no tecido do assento. Sem o devido reconhecimento, o carro não arranca e fica imobilizado.

O 2C2T tem sido cada vez mais procurado por empresas que trabalham para o setor automóvel. Os airbags para os Audi autónomos, que está a desenvolver com os alemães da ZF, que têm fábrica em Ponte de Lima, são um dos cerca de 40 projetos, de dimensão e maturidade variadas, que o centro de i&d da Universidade do Minho tem em mãos.

Boa parte dos projetos nascem da procura por parte das empresas a braços com problemas que sozinhas não conseguem resolver. Quando a Somelos ficou alarmada com a elevada percentagem de defeito que estava a ter no fabrico de um fio elástico muito fino, revestido a algodão e com elastano e lycra dentro, foram ter com o 2C2T e em conjunto arranjaram uma solução que optimizou o processo de fabrico, reduzindo o desperdício e tornando-o energeticamente mais eficiente. Melhor era impossível.

“Mas não nos limitamos a esperar que nos venham pedir ajuda. Também somos proativos e propomos projetos às empresas”, explica Fernando Ferreira (foto), o diretor do 2C2T, centro em que estão envolvidos cerca de um centena de investigadores (desde doutorados da casa até técnicos, passando por bolseiros e alunos de mestrado ou doutoramento) e que tem um orçamento anual na ordem dos dois milhões de euros.

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