Que papel terá o têxtil e vestuário europeu no mundo?
T36 Outubro 18

Mário Jorge Machado

Vice-presidente da ATP
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ara percebermos a evolução destes negócios a nível mundial, temos de saber quem está a investir em equipamentos e onde vai crescer o consumo.

De acordo com os dados disponíveis pela ITMF a zona da Ásia e Oceânia, representaram cerca de 90% do investimento em máquinas no ano de 2017, tendo a China a fatia de dragão deste valor.

O consumo de fibras, vai aumentar em cerca de 40% nos próximos 10 anos, com o algodão e a lã com crescimentos reduzidos e as fibras artificiais com crescimentos elevados sendo a fatia de leão para o poliéster.  Quem vai consumir todo este incremento?

Sabemos que o consumo per capita de têxteis no mundo ocidental tem crescido pouco, tendo atingido em 2017,na Europa Ocidental 22.4Kg e na América do Norte os 32.6Kg. Mas, pelo contrário, na China o crescimento tem sido elevado, sendo atualmente de 20.1Kg e prevendo-se que atinja os 30Kg nos próximos anos. A India tem um consumo de 5,8Kg e a restante zona asiática tem igualmente consumos mais baixos que a China, apresentando como tal um potencial de crescimento elevado.

Com esta perspetiva o têxtil e vestuário europeu para crescerem têm de aumentar as vendas nesta zona do globo.

Dentro das nossas vantagens competitivas podemos salientar a vontade de uma grande parte destes consumidores quererem comprar artigos europeus, quer pelo design quer pela qualidade do “made in europa”.

Este valor intangível do feito na europa, é algo que como europeus devemos promover, junto dos consumidores, a nível mundial, para nos diferenciar  e aumentar a apetência pelo orgulho de qualquer cidadão em possuir um artigo têxtil que foi produzido na Europa.

Aqui mais uma vez o poder político tem um papel importante no apoio às empresas que promovem a criação e o fabrico na Europa como forma de criar riqueza neste continente.

 

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