A geração digital
T28 Janeiro 2018

Manuel Serrão

Diretor do T
N

a excelente entrevista que faz a nossa capa desta edição, a alma mater da Mundotextil, José Pinheiro, afirmou (e o T destacou ) que era fundamental, nos dias que correm, substituir a geração analógica pela geração digital no comando das empresas, dizendo também noutro momento desta entrevista, que tem como objectivo que na empresa a liderança possa não ter mais de 40 anos de idade em média .

No seu caso sabe-se que tem duas filhas (a Ana e a Helena ) já super preparadas para a sucessão nos termos e no timing em que for decidida, mas é preciso que todas essas novas e potenciais gerações digitais nunca tenham o topete de dispensar a experiência e a cabeça das boas gerações analógicas. O juízo não é a idade que o dá sempre, mas a sua falta também não vem no cartão do cidadão .

Nem todos envelhecem ou se reformam na mesma idade e a juventude mental de quem recentemente decidiu apostar num grupo têxtil em Moçambique (como José Pinheiro, em parceria com a Crispim Abreu e a Mundifios ) diz-nos que só pode estar ainda muito longe desse dia.

No dia em que alguma geração digital não perceber isso, não vai ser capaz de perceber mais nada.

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