T38 Dezembro 18
Corte & costura

Júlio Magalhães

Sempre a crescer
A Latitid tem vindo a crescer de ano para ano, e já passou do comércio online para as lojas físicas.
Marta Fonseca

Venceu o Concurso Triumph Inspiration Award'08 e vários outros prémios internacionais mas recusou-se a adormecer à sombra dos louros. Em 2013, Marta Fonseca fundou a Latitid, marca portuguesa de swimwear que já conquistou o mercado nacional e coloca agora os olhos além-fronteiras.

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uando decidiste abraçar uma carreira de criadora, estavas á espera de ter tantos prémios em tão pouco tempo?

Nunca me tinha passado pela cabeça. Quando decidi entrar no curso de design de moda sempre tive como objectivo crescer nessa área. No entanto, nunca pensei que isso acontecesse logo no meu primeiro ano de curso quando ganhei um prémio que para mim foi tão importante – Concurso Triumph Inspiration Award’08. Foi este prémio que despertou em mim a vontade de me candidatar a outros concursos. O segundo prémio que ganhei, foi quando desenhei o meu primeiro fato de banho e foi sem dúvida o mais marcante, tendo sido aqui que nasceu o “bichinho” pela área do swimwear.


Vais adormecer à sombra dos louros ou sentes que a cada prémio recebido é maior a tua responsabilidade de ter sucesso profissional na carreira que escolheste?

É claro que cada prémio me faz sentir ainda mais responsável e motivada para trabalhar e alcançar novas metas. Todos os anos o objectivo é superar o ano anterior. Eu e a minha equipa trabalhamos para de ano para ano nos excedermos e apresentarmos uma campanha que nos realize tanto profissional como pessoalmente.

Com tantas áreas onde podias explorar a tua criatividade, porque razões escolheste a área do swimwear?

Em 2013 havia poucas marcas de swimwear portuguesas e, a meu ver, não fazia sentido viver num pais com seis meses de bom tempo, com uma costa invejável para fazer praia, e não haver uma marca de swimwear com um design marcante e diferente. A outra razão foi porque eu já desenhava e mandava confecionar os meus próprios fatos de banho e perguntavam-me porque é que eu não fazia esses modelos para vender. Juntamente com as minhas duas sócias Fernanda e Inês, achamos que fazia sentido aproveitar esta oportunidade de mercado e a minha vontade e experiência em desenhar fatos de banho.

A Latitid está satisfeita com as suas vendas no mercado interno, ou está com vontade de alargae horizontes e internacionalizar-se?

Estamos satisfeitas com as vendas no mercado interno, cada ano aumentamos a produção e superamos os objectivos, mas a internacionalização não está de alguma forma posta de lado. Cada vez mais, temos estrangeiros a comprarem nas nossas lojas sendo que na nossa loja de Lisboa mais de 30% dos nossos clientes são estrangeiros. Também pelo sucesso das vendas da loja online para fora de Portugal, tudo indica que a internacionalização seja para breve.

Como é que a Latitid ultrapassa o problema de sazonalidade do  mercado de swimwear?

Hoje em dia as pessoas viajam o ano inteiro para destinos de calor. Vendemos fatos de banho 12 meses por ano. Os meses de Inverno são obviamente mais fracos, mas as vendas têm vindo a aumentar substancialmente de ano para ano.


Se pudesses escolher um mercado externo especial para dar o pontapé de saída em grande, qual escolherias?

Espanha e França, sem sombra de dúvida, e Austrália para combater a sazonalidade.

 

Perfil

Sócia e fundadora da Latitid, começou a coleccionar prémios como designer de swimwear logo depois de ter feito Design de Moda (ESAD) e um Master em Produção de Moda (Barcelona). Em miúda sonhava ser veterinária ou farmacêutica, mas a vida provou-lhe que estava mesmo destinada a criar fatos de banho para o segmento alto. Seize de day é o seu lema de vida, e com isso desfruta também do sucesso da marca

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