T21 Junho 2017
Corte & costura

Júlio Magalhães

O regresso
Este período que estive ausente foi muito importante para mim. Mas faz todo o sentido retomar este projecto
Célia Macedo

Célia Macedo vibra com a gestão estratégica de empresas e das suas pessoas, por isso dedica algum do seu tempo livre a dar formação nessas áreas

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oa filha a casa torna? Como se está a dar com esse regresso à Intecol?
É muito bom regressar a um lugar que conheço tão bem. Este período que estive ausente foi muito importante para mim. Mas faz todo o sentido retomar um projecto ao qual estive ligada 12 anos e a que o meu pai dá vida há 32 anos. A Intecol está num processo de crescimento vigoroso, com alguns desafios para superar, mas que trazem muita satisfação quando temos a sorte de sentir paixão pelo que fazemos.

Ter uma empresa têxtil em terra de pescadores é trabalhar sem rede?
Não, pelo contrário. É ter uma rede de referência de gente humilde, trabalhadora, com valores e carácter de trabalho que nos inspira para fazermos mais e melhor todos os dias… muitas vezes sem o “mar calmo” para ir à luta.

Aumentar o parque de máquinas é um parto sem dor ou as dores do crescimento são boas de aguentar?
As dores de crescimento são muito boas de aguentar! Naturalmente que o aumento do parque de máquinas e a reestruturação de layout, com pequenas obras à mistura, numa altura em que estamos com a capacidade de produção completamente tomada provoca alguma dor. Mas “no pain, no gain”… Temos de sofrer para colher os frutos.

As pernas das mulheres portuguesas são das melhores do mundo ou são os seus collants que nos enganam?
As pernas das mulheres portuguesas serão sempre as melhores do mundo! Mas os melhores collants do mundo podem fazer a diferença ainda assim. Os collants não servem para enganar, servem para reforçar a beleza que já existe.

Para quando está prevista uma incursão nos têxteis técnicos, cada vez mais na moda?
A incursão nos têxteis técnicos iniciou-se paulatinamente no ano 2015 e reflecte-se já no nosso volume de negócios. Os têxteis técnicos e funcionais permitem acrescentar valor aos produtos e estamos muito atentos a esta oportunidade.

A aposta nos mercados externos vai renovar-se? A começar por que zona do mundo?
A Intecol é uma empresa exportadora há mais de 25 anos. Os mercados externos foram desde sempre uma aposta pelas oportunidades de negócio em nichos estratégicos que apoiam a sustentabilidade e competitividade. A própria diversificação geográfica permite diminuir o impacto das flutuações sazonais na produção. Por isso, vamos continuar a apostar forte nos mercados externos, particularmente em alguns países da América Latina.

Perfil

Célia Macedo, 38 anos.
A administradora da Intecol nasceu na África do Sul e vive na Póvoa de Varzim com o marido, a filha e o enteado. É licenciada em Relações Internacionais (UMinho) e pós-graduada em Gestão de Recursos Humanos (EGE). Gosta de sol, viajar e de ler. O que a faz vibrar é a gestão estratégica de empresas e das suas pessoas, por isso dedica algum do seu tempo livre a dar formação nessas áreas

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