Júlio Magalhães
Carla Lobo, administradora da R. Lobo, há mais de 20 anos que acumula a docência com o trabalho na empresa
ortugal está na moda ou a moda é que está cada vez mais em Portugal?
No segmento têxtil e vestuário, Portugal sempre foi procurado pelos compradores internacionais pelo know-how, serviço, qualidade e resposta. O fator preço, importante, sem dúvida, deixou de ser visto como a primeira e única variável a ponderar no negócio. A prova disso é a crescente procura, de novo, dos produtos têxteis e de vestuário portugueses nos últimos anos.
Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele ou a aposta no private label de qualidade é para continuar?
Sem dúvida que a aposta no private label com verdadeiro valor acrescentado é a estratégia a continuar na R. Lobo.
A Europa continua a ser o nosso destino ou no diversificar é que está o ganho?
Preferimos apostar na Europa, onde temos 90% das nossas exportações concentradas, pelo menos a curto prazo.
Têxteis técnicos? Estamos nessa, isso só interessa a outros, ou não fazem mesmo parte da família?
Não fazem, de todo, parte da família. Acreditamos que o foco do nosso negócio é moda e desenvolvemos todo o nosso trabalho e estratégia concertados nesse sentido.
Qual é o mercado externo mais forte para a R. Lobo?
Os mercados externos onde concentramos as nossas exportações são França e Suécia.
E qual é o que gostaria de descobrir?
Já estamos presentes nos mercados europeus que consideramos mais atrativos para o negócio. Contudo, pretendemos aumentar a nossa quota de exportações no mercado alemão, a curto prazo.
Carla Lobo, 44 anos. A administradora da R.Lobo-Empresa de Confeções nasceu em Guimarães, é casada e tem duas filhas. Licenciada, mestre e especialista em Contabilidade de Gestão. Há mais de 20 anos que acumula a docência (é professora no Politécnico do Cávado e Ave, dando aulas de Controlo de Gestão e Contabilidade Analítica) com o trabalho